O líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse, esta terça-feira, que uma onda de greves sistemáticas terá como consequência um maior empobrecimento do país e defendeu que a procura de consenso não deve ser apenas na política.
"Uma onda de greves sistemáticas não teria outra consequência se não empobrecer mais o país e tornar mais difícil a vida de quem já uma vida muito difícil", afirmou Paulo Portas, que, esta terça-feira, encerrou, no Funchal, as Jornadas Parlamentares do CDS-PP.
Para o presidente do partido, "a procura do consenso não deve resumir-se ao perímetro da área política", mas "deve ser também uma atitude na área social".
"O diálogo com os parceiros sociais democráticos, sejam os representantes dos empregadores, sejam os representantes dos trabalhadores, é outra especificidade que Portugal deve cultivar, porque não sucede em todos os países que estão a atravessar dificuldades", considerou Paulo Portas, sustentando que "os acordos sociais tornam as dificuldades mais equitativas".
O responsável garantiu ainda que o CDS é leal a Portugal e à sua situação "dificílima".
"Somos fiéis aos nossos compromissos que são para executar numa legislatura de quatro anos e meio", declarou, reconhecendo que "os primeiros dois anos, como há muito tempo e há muitas previsões já se sabia, têm uma índole recessiva, implicam esforços, significam austeridade".
"Com a diferença de que tudo isso faz sentido para que na segunda fase da legislatura, com a casa arrumada, seja expectável aquilo que os portugueses mais ambicionam, crescimento económico, ambiente favorável ao investimento, criação de emprego e de oportunidades", acrescentou o líder centrista.
Paulo Portas salientou que "estar em coligação implica muitas vezes fazer compromissos e gerir diferenças", mas o partido deve "ter presente, sempre, que a actividade do Governo não esgota a identidade do CDS e que na situação em que Portugal se encontra -- que é uma das mais difíceis da sua história - o que os portugueses esperam é uma cultura permanente de patriotismo e responsabilidade".
A este propósito, acrescentou: "Quando é o país que está em causa, a salvaguarda da sua viabilidade económica, financeira e social, quem no essencial nos trouxe a esta situação deve ter a humildade de ajudar a sair dela".
Para o presidente do CDS, "é importante que Portugal, cá dentro e lá fora, saiba preservar e saber divulgar que preserva o diálogo entre os partidos da maioria e o principal partido da oposição".
"Até porque, todos sabem que quem é hoje maioria recebeu a obrigação de cumprir um memorando de ajuda externa e quem está hoje na condição de principal partido da oposição está na oposição exactamente por ter sido responsabilizado pelos eleitores pelo desregramento na despesa e na dívida que nos obrigaram à situação vexatória de ter de pedir emprestado dinheiro para sobreviver", referiu Paulo Portas.
1 comentário:
... Ó Portas : CHAMA A NATO !!!
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