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Conforme uma reportagem da RCV, só nos últimos tempos 45 estudantes cabo-verdianos abandonaram as universidades em Portugal e outras dezenas estão a correr o mesmo risco. A Falta de pagamento das propinas é apontada como a causa do abandono.
Na maioria são alunos que conseguiram vagas através das Câmaras Municipais, e que, em busca do sonho de ter uma formação superior, seguiram para as terras lusas com o propósito de trabalhar para custear as próprias segundo relatou uma fonte a RCV.
“Muitos não conseguiram o trabalho e o custo de vida cada vez mais caro fez com que optassem pelo abandono. Outros prosseguiram e acumularam dívidas, que em alguns casos já ultrapassaram os mil contos cabo-verdianos”, disse uma fonte a RCV.
Estão com cadeiras em atraso e não podem frequentar exames. Alguns, já concluíram a licenciatura, mas estão de mãos atadas já que por causa do não pagamento das próprias os diplomas ficaram caçados.
Para tentar saldar as dívidas dos alunos, o Gabinete de Apoio aos Estudantes da principal associação cabo-verdiana em Portugal criou uma comissão para negociar o pagamento faseado.
Entrevistado pela RCV, Mário Carvalho, advogado que serve de porta-voz dos estudantes, adiantou que esta comissão está disposta a negociar com as universidades o pagamento das dívidas, mas gostariam também de contar com o apoio da representação diplomática cabo-verdiana em Portugal.
“Cada caso é um caso e uma negociação terá que ter acordos e cedência e nós vamos apresentar a nossa proposta”, sublinhou Mário Carvalho, adiantando que há alunos que devem 500 euros, 1000 ou 3000 euros e o caso mais grave já ultrapassou os 11.000 euros, correspondente a 1.100 contos cabo-verdianos.
Conforme avançou a mesma fonte, a Universidade Lusófona é a faculdade onde estão mais alunos devedores e ouvido pela emissora o presidente do Conselho da Administração, Manuel Damásio, mostrou-se aberto em encontrar uma solução que poderá passar pela criação de um plano de pagamento.“Já tivemos diversos casos e todos os casos que tenho conhecimento foram resolvidos”, garantiu.
Resta agora saber do posicionamento das outras universidades.
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