quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Moçambique: Polícia sem pistas pede colaboração para raptos em Maputo




A PolÍcia ainda não tem pistas que conduzam à neutralização da quadrilha que na segunda-feira terá sequestrado dois empresários, tio e sobrinho, no Cemitério de Lhanguene. A corporação indica que sem a cooperação dos familiares das vítimas dificilmente pode avançar nas investigações.  

De acordo com Arnaldo Chefo, porta-voz da Polícia na capital, até ontem as autoridades não tinham nenhuma informação sobre o alegado sequestro dos empresários, com interesses na Vidreira de Moçambique, localizada no município da Matola; Hotel Escola Andalucia, na capital; bem como no Hotel Embaixador, na cidade da Beira, onde residem.

Mesmo assim, o porta-voz garantiu que a Polícia está no terreno à busca de informação que conduza à neutralização dos malfeitores.

“Estamos perante um fenómeno estranho em que as pessoas não cooperam nem tão pouco com a Polícia. Reconhecemos que esses raptos ocorrem sob ameaças de morte, mas as famílias devem buscar auxílio junto das autoridades e não devem avançar sozinhas”, apelou.

Apesar de direccionado aos parentes de A. Cadir e G. Sattar, o apelo é extensivo a todos os cidadãos, sendo a Polícia a entidade que zela pela ordem e tranquilidade públicas.

As duas vítimas terão caído nas mãos dos bandidos na última segunda-feira, quando visitavam a campa de um familiar no Cemitério de Lhanguene. Os bandidos exigem dois milhões de dólares norte-americanos de resgate.

Entretanto, Abdul Carrimo Sau, do Conselho Islâmico, mostrou-se preocupado com a onda de sequestros de empresários de origem asiática e apelou aos agentes da lei e ordem para que redobrem esforços no sentido de conter o fenómeno.

Entretanto, o Comandante-Geral da Polícia, Jorge Khalau, é citado por um semanário da praça a dizer que parte dos sequestros com exigências de balúrdios de dinheiro de resgate, reportados na Imprensa, pode ser simulação simplesmente para retirada ilegal de divisas para o estrangeiro.

O responsável máximo da corporação pede paciência e garante que os criminosos serão neutralizados.


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