sexta-feira, 23 de março de 2012

Agressão a jornalistas: PSP QUER "PERCEBER O QUE SE PASSOU"




Polícia diz estar a reunir elementos disponíveis

A PSP está a reunir todos os elementos disponíveis para «perceber o que se passou» na agressão policial ocorrida na quinta-feira, em Lisboa, contra jornalistas que faziam a cobertura de uma manifestação, disse hoje o porta-voz da Polícia, noticia a Lusa.

As declarações do comissário Paulo Flor foram feitas durante uma concentração de jornalistas junto à sede nacional da PSP, em Lisboa, para protestar contra as agressões de que foram alvo dois repórteres fotográficos na quinta-feira.

Os dois fotojornalistas ¿ um da Agência France Presse e outro da Lusa - foram agredidos quando recolhiam imagens da manifestação organizada pela Plataforma 15 de Outubro, no âmbito da greve geral convocada pela central sindical CGTP.

«Queremos claramente identificar o quadro» em que ocorreu a agressão, acrescentou Paulo Flor.

A concentração reuniu cerca de 80 jornalistas, muitos dos quais da Agência Lusa.

Dois representantes dos participantes na concentração foram recebidos pelo diretor nacional-adjunto da PSP, superintendente Paulo Lucas, a quem entregaram uma carta subscrita pelos jornalistas da Lusa na qual «condenam e repudiam» a atuação das forças policiais.

Entretanto, o Conselho de Redação (CR) e a Comissão de Trabalhadores (CT) da Lusa, expressaram, em comunicado, a sua condenação e o repúdio pelas «agressões de que foi alvo o fotojornalista José Goulão», pelos agentes da PSP, e lembra que, «apesar de se ter identificado como jornalista», o repórter da Lusa «continuou a ser agredido pelos agentes».

«O CR e a CT recordam que é obrigação da PSP, em qualquer circunstância, garantir o livre exercício da profissão dos jornalistas e proteger a sua integridade física», lê-se no texto.

Os dois órgãos «repudiam ainda a justificação encontrada pela Direção Nacional da PSP, que alegou que os repórteres agredidos não estavam devidamente identificados e que foram confundidos com manifestantes».


Sem comentários:

Mais lidas da semana