Mohamed Merah, o suspeito de matar três crianças e quatro adultos, em Toulouse, foi morto, esta quinta-feira de manhã, tendo resistido com "muita violência" ao ataque das forças especiais da Polícia francesa, o RAID. No assalto, dois agentes ficaram feridos.
A conclusão da operação policial que colocou fim a cerca de 33 horas de cerco à casa onde estava barricado o suspeito dos ataques em Toulouse foi confirmada cerca das 12 horas (11 horas em Portugal continental) pelo ministro do Interior francês, Claude Guéant. De acordo com o ministro, as forças especiais entraram no apartamento e enfrentaram uma forte resistência.
"As forças do RAID entraram pela porta e pela janela e iniciaram a revista do apartamento, divisão a divisão. No momento em que um meio de investigação era introduzido na casa de banho, o atirador saiu a disparar com extrema violência. Os disparos foram intensos, muito duros. Os agentes do RAID tentaram proteger-se e ripostar", descreveu ministro francês, destacando que um agente do RAID lhe disse nunca ter enfrentando uma situação em que o suspeito tivesse resistido de forma tão dura.
Mohamed Merah terá saido da casa de banho a disparar com muita violência e saltou pela janela do apartamento, acabando por morrer. "Saltou pela janela, com uma arma na mão e a disparar. Foi encontrado morto no solo", acrescentou Guéant.
Claude Guéant, confirmou também que na operação ficaram feridos dois agentes, um dos quais num pé e ou outro sem gravidade.
O início da operação tinha sido assinalado por uma série de tiros e detonações que foram ouvidos na zona do edifício onde Mohamed Merah estava entrincheirado. Aliás, na troca de tiros, segundo fonte da polícia citada pela Agência France Presse, foram disparadas mais de 300 munições.
Sem contactos durante a noite
Ainda antes de ser lançada esta operação, o ministro francês do Interior, Claude Guéant, tinha afirmado que a polícia não tinha a certeza se o presumível assassino de sete pessoas em Toulouse "ainda está vivo", uma vez que não teve "qualquer contacto" com o mesmo durante a noite.
O jovem identificado pelas autoridades como Mohamed Merah, que se autoproclamou como membro da al-Qaeda, entrou esta noite numa "lógica de rutura" e disse "pretender morrer com as armas na mão", de acordo com o governante.
Depois de uma troca de tiros e longas negociações, a unidade de elite da polícia francesa procurou levar durante a madrugada desta quinta-feira o jovem de 24 anos, de origem argelina e que alegava ser membro da al-Qaeda, a render-se com o corte do abastecimento de água, luz e gás da casa onde estava barricado, e explosões junto às janelas e projeção de um feixe de luz.
O ministro francês do Interior explicou na quarta-feira que as autoridades pretendiam capturar vivo o suspeito para que possa ser levado à justiça, justificando assim a razão pela qual a polícia não tinha entrado no imóvel onde aquele se encontrava.
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