quinta-feira, 22 de março de 2012

Moçambique: Mortes por malária baixaram para metade em seis anos -- PR Guebuza



MMT - Lusa

Maputo, 22 mar (Lusa) - O número de mortes provocadas por malária e o número de casos da doença em Moçambique baixaram para metade nos últimos seis anos, um declínio com impacto na redução da mortalidade infantil no país, disse hoje o Presidente moçambicano, Armando Guebuza.

Falando numa cerimónia de homenagem do Movimento Fazer Recuar a Malária pelo Prémio Excelência da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA, na sigla em inglês), recentemente atribuído ao chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza disse que estes dados são "um aspeto de relevo" para que Moçambique alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio até 2015.

"Durante o ano de 2011 registámos cerca de três milhões de casos, contra os cerca de seis milhões em 2005. Em termos de óbitos passamos de quatro mil, em 2005, para cerca de dois mil, o ano passado", assinalou.

Armando Guebuza considerou que Moçambique conseguiu baixar os índices de malária por ter optado pela remoção de todas as taxas aduaneiras aos produtos usados para o combate à malária, nomeadamente, as redes mosquiteiras impregnadas de inseticida longa duração, medicamentos anti-malária, material para diagnóstico rápido e inseticidas.

"Uma outra intervenção de vulto e com grande impacto no combate contra esta doença é a pulverização intra-domiciliária. Estamos a registar sucesso nesta modalidade porque contamos com a cooperação e a colaboração das famílias que autorizam o pessoal de saúde a fazer o trabalho em suas casas", referiu o Presidente moçambicano.

As autoridades moçambicanas preveem que até ao fim deste ano, todos os 128 distritos do país tenham acesso a pelo menos um método de prevenção da malária como rede mosquiteira ou pulverização intra-domiciliária, disse Armando Guebuza.

O Ministério da Saúde de Moçambique deverá igualmente aumentar a disponibilidade de testes rápidos de diagnóstico da malária e de medicamentos anti-malária.

"Os sucessos que temos estado a registar na luta contra a malária têm sido possíveis graças, em especial, a dois grandes parceiros do nosso governo: o Movimento Fazer Recuar a Malária e o Programa Inter-Religioso contra a Malária", disse Armando Guebuza.

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