Helena Geraldes, Ana Henriques, Pedro Crisóstomo, Rita Brandão Guerra - Público
O sector dos transportes registava, esta manhã, uma adesão à greve geral entre os 70 e os 100%. Os efeitos da paralisação chegam ainda a seis portos, incluindo o de Lisboa, Aveiro e Setúbal. Siga aqui, minuto ao minuto.
10h08: O turno da noite dos enfermeiros registou uma adesão à greve de 52%, disse a presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, à Lusa.
Os hospitais do Montijo, Lamego e Régua registaram uma paralisação de 100%. No hospital de Macedo de Cavaleiros, nenhum enfermeiro fez greve; no hospital de Bragança a adesão foi de 12% e no hospital pediátrico de Coimbra de 16%. Em Lisboa os números variam entre os 21% de adesão no hospital Curry Cabral e os 93% no hospital Dona Estefânia. O hospital de São José teve uma paralisação de 84%, o dos Capuchos de 66% e o Pulido Valente de 26%. Até ao início da manhã, o SEP não tinha ainda conseguido recolher dados relativamente à adesão no Hospital de Santa Maria.
10h02: Duas grandes empresas do concelho de Viana do Castelo estão “totalmente paralisadas”, ao nível da produção, informou à Lusa o coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, Branco Viana. É o caso da Browning-Viana, uma fábrica de armas com mais de 300 trabalhadores, e da Portucel-Viana, de dimensão idêntica.
9h55: No edifício que concentra as conservatórias do registo civil, em Lisboa, não há qualquer confusão e praticamente nenhuma adesão à greve, garante uma encarregada de serviço. Com a garantia de quase 100% dos funcionários a trabalhar e com muito poucas pessoas para atender, o dia promete ser ideal para tratar de documentos. Às 9h30, o PÚBLICO fez o teste e tirou a senha para tratar do cartão do cidadão. Foi chamado de imediato.
9h50: Os portos de Lisboa, Aveiro, Figueira da Foz, Viana do Castelo, Caniçal (Madeira) e Setúbal “estão encerrados”, segundo o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS). A adesão à greve dos estivadores e dos pilotos de barra no porto de Lisboa faz prever que apenas saia um paquete nesta quinta-feira, avançou ao PÚBLICO José Manuel Oliveira.
9h36: Apenas os serviços mínimos estão assegurados nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, confirmou à Lusa o porta-voz da Comissão de Trabalhadores, António Barbosa. “Dentro da empresa só estão dois marinheiros e um bombeiro, além de uma secretária e um administrador.”
09h30: No município do Funchal, no período nocturno, a limpeza urbana registou 100% de adesão e a recolha do lixo 70%, informou à Lusa o coordenador da União dos Sindicatos da Madeira (USAM), Álvaro Silva. Em relação aos transportes, o porto do Caniçal “está encerrado” e na Horários do Funchal – Transportes Públicos os dados revelam que “10% dos trabalhadores aderiram à paralisação”.
9h27: Fraca adesão à greve na Autoeuropa, onde Arménio Carlos, líder da CGTP, acabou de chegar. A central sindical não avança números mas o estacionamento dos funcionários está cheio. Seja como for, Arménio Carlos recusa-se a admitir que, a nível nacional, a adesão a esta paralisação seja inferior à da última greve geral, a 24 de Novembro.
9h09: A PSP foi chamada a intervir nas estações da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) da Via Norte e de Francos, para permitir a saída dos autocarros, tendo-se registado “ligeiros confrontos” entre o piquete de greve e agentes policiais. A greve está a ter uma adesão de 70% e dos 230 autocarros que deveriam ter saído da estação de recolha da Via Norte e de Francos saíram apenas 40, disse à Lusa Jorge Costa, do Sindicato Nacional dos Motoristas.
8h46: No terminal de barcos no Cais do Sodré, os seguranças de serviço não prestam qualquer informação aos jornalistas, reencaminham para a direcção comercial da Transtejo e recusam-se a indicar sequer se o serviço está a funcionar. Contactada por um dos seguranças, a direcção comercial manda então informar que não presta qualquer informação sobre a greve aos jornalistas.
8h40: A adesão à greve geral no sector dos transportes situa-se entre os 70 e os 100%, disse esta manhã à Lusa o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), José Manuel Oliveira. Os comboios da CP estão parados. O Metropolitano de Lisboa está paralisado, bem como a Soflusa; a Transtejo tem uma embarcação a funcionar. A adesão da Carris à greve é de cerca de 50%. O Metro do Porto só tem uma linha a funcionar, a Rodoviária da Beira Litoral tem uma adesão de 90%, os Transportes Sul do Tejo (TST) estão a 70% e os portos vão estar parados ao longo do dia, avançou o responsável.
8h21: "Esta greve não é um teste à minha liderança. Na CGTP não fazemos testes individuais. Esta paralisação é uma decisão colectiva" da central sindical, diz Arménio Carlos.
8h16: Passavam minutos das 7h30 e não havia ninguém na paragem de autocarro, na Bica do Marquês, na Ajuda (Lisboa). O autocarro demorou apenas um minuto a chegar e o percurso até ao Cais do Sodré, que demora habitualmente pelo menos 25 minutos, foi feito em 15. No autocarro havia quem comentasse que hoje vem mais tarde para se "aproveitar da greve" ou que "afinal sempre há autocarros". Ao Cais do Sodré chegavam comboios com regularidade. O metro está fechado. Os barcos parados. Às 8h, a estação, que é uma das entradas principais na capital, estava quase vazia. Manuel Uchua veio de comboio de Santo Amaro, trabalha num restaurante em Lisboa e não concorda com a greve: "Isto prejudica muita gente".
8h07: "Esperemos que o Governo não se lembre de proibir o direito à greve", declarou Arménio Carlos à porta do arsenal do Alfeite, no Laranjeiro, sobre recentes declarações do executivo sobre a paralisação. O secretário-geral da CGTP aproveitou para recordar as famosas declarações de Manuela Ferreira Leite sobre a suspensão da democracia.
8h05: A greve geral está a ter uma adesão de 70% nos Transportes Sul do Tejo, 85% no Metro Sul do Tejo, 90% do Metro do Porto e 90% na Rodoviária da Beira Litoral, segundo dados apresentados por Arménio Carlos. Na STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) só saíram 18 autocarros dos serviços mínimos, acrescentou.
8h00: Os primeiros dados sobre a paralisação no turno da noite nos CTT em Lisboa, Coimbra e Porto apontam para uma adesão de 72,3%, segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações. Até às 4h, dos 286 trabalhadores escalados, 206 fizeram greve, números que fazem o sindicato prever “uma elevada adesão” no resto do dia.
7h52: Barcos da Transtejo da linha Cacilhas-Lisboa estão a circular apenas de meia em meia hora. Segundo os sindicatos, das nove embarcações da Transtejo, apenas uma está a circular.
7h24: O secretário-geral da CGTP admitiu esta manhã que a mobilização dos trabalhadores “é difícil”, quer porque houve uma redução do seu poder de compra, quer em função do aumento do desemprego. Disse ainda que “este caminho é o que foi seguido na Grécia e resultou num tremendo falhanço”. O líder da CGTP faz um balanço positivo da greve até agora, admitindo porém que nos serviços de recolha de lixo houve uma paralisação menor do que em greves anteriores.
7h00: Há autocarros da Carris a circular na Baixa e na Margem Sul, onde acabou de chegar Arménio Carlos. Há barcos, Metro e TST a circular, embora menos do que o normal.
23h40 de 21 de Março: Suspensão de ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul do Tejo.
23h30 de 21 de Março: Encerramento das estações do Metropolitano de Lisboa.
22h de 21 de Março: Os comboios da CP começam a sofrer as primeiras perturbações.
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