terça-feira, 27 de março de 2012

"A SEGURANÇA DO MUNDO DEPENDE DESTA CIMEIRA" - Obama



CP - TVI24 – Foto em Lusa

53 países reunidos na Coreia do Sul para discutir o nuclear

O presidente norte-americano afirmou que a segurança do mundo depende das ações decididas durante a cimeira sobre segurança nuclear, que conta com a participação de 53 países, em Seul, na Coreia do Sul.

«A segurança do mundo depende das ações que decidirmos tomar», declarou Barack Obama, num discurso proferido antes da sessão plenária da cimeira de dois dias, que termina esta terça-feira na capital sul-coreana.

O presidente dos Estados Unidos afirmou que a ameaça das armas atómicas continua a ser um grande desafio a enfrentar e que a segurança mundial depende das ações que os líderes reunidos em Seul adotarem.

Obama constatou na cimeira que a comunidade internacional alcançou progressos na melhoria da segurança dos materiais nucleares e das centrais em todo o mundo, dificultando, assim, o acesso dos terroristas a materiais nucleares.

Mas, ressalvou, há muitos «maus atores» na corrida às armas atómicas e «não é preciso muito, apenas alguns» materiais nucleares para matar milhares de inocentes.

UE encara ameaça «muito a sério»

A União Europeia espera concluir até ao final desta década a reconversão dos poucos reatores de investigação na região que ainda utilizam urânio altamente enriquecido, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Num discurso na primeira sessão plenária, Van Rompuy garantiu que a União Europeia encara «muito a sério a potencial ameaça do terrorismo nuclear» e está comprometida em alcançar o «mais elevado nível de segurança nuclear».

Neste sentido, o responsável aplaudiu as diferentes iniciativas mundiais para reduzir a utilização civil de urânio altamente enriquecido e disse que na União Europeia se espera que a reconversão dos poucos reatores de investigação que utilizam aquele material esteja concluída até 2020, «dependendo da viabilidade técnica e económica».

Mais acordos

Os Estados Unidos, a França, Bélgica e Coreia do Sul anunciaram um acordo para minimizar a utilização de urânio altamente enriquecido nos reatores de investigação, através do desenvolvimento de um combustível mais seguro.

Em conferência de imprensa, representantes dos quatro países salientaram a importância deste pacto, que pretende que os reatores experimentais que utilizam 90 por cento de urânio enriquecido, material que permite o fabrico de armas nucleares, possam funcionar, com rendimento semelhante, com urânio de baixo enriquecimento.

Os Estados Unidos, o Japão, a França, a Coreia do Sul e o Reino Unido acordaram também cooperar para elevar a segurança no transporte de materiais radioativos, através de troca de informação e colaboração entre centros do setor.

O compromisso dos seis países traduzir-se-á, na prática, em reuniões periódicas de grupos de trabalho, formados por representantes dos respetivos Governos. A primeira dessas reuniões terá lugar no Japão, em 2013.

Estas reuniões, em que poderão também participar representantes de organizações internacionais sobre segurança marítima, aérea e nuclear, poderão incluir exercícios de formação prática para garantir uma adequada preparação dos Estados para casos de emergência, refere um comunicado conjunto divulgado durante a cimeira.

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