Compacto de notícias, com Lusa
Salvador Caetano investe 3,6 ME em parceria com Grupo Volkswagen
06 de Junho de 2012, 12:14
Cidade da Praia, 06 jun (Lusa) - O Grupo Salvador Caetano, presente em Cabo Verde há duas décadas, investiu 3,6 milhões de euros na ampliação das suas instalações na Cidade da Praia, tendo alargado o portefólio de marcas ao Grupo Volkswagen.
Líder no mercado em Cabo Verde, com mais de 80 por cento de quota, a Caetano Auto CV, criada em 1993, e a Caetano One, em 1998, que comercializam as marcas Toyota, Daihatsu e Ford, juntaram-se à VAS Cabo Verde, fundada em 2003, permitindo estender as vendas às da Volkswagen, Audi, Skoda e Seat.
Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente do Grupo Salvador Caetano salientou a aposta da empresa na parceria com o Grupo Domingo Alonso, espanhol, o que poderá abrir portas para uma expansão das atividades para a África Ocidental e América do Sul.
Salvador Acácio Caetano sublinhou que a taxa de penetração no "relativamente pequeno" mercado cabo-verdiano é de cerca de 87 por cento e que a aposta em Angola, também há quase 20 anos, permite estofo para diversificar mercados.
"Iremos talvez para outros países africanos. Queremos investir e internacionalizar fora da Península Ibérica, onde somos o 'número 1'. Temos é de sair para outros lados e, se calhar, há outros destinos que podem aparecer, e porque não a América do Sul", disse, sem especificar que países.
Por seu lado, Adelino Silva, diretor geral do Grupo Salvador Caetano em Cabo Verde, disse à Lusa que o investimento nas novas instalações - passaram de 2.088 para 3.588 metros quadrados - vai permitir aumentar a produção e a capacidade de armazenamento e concretizar a aposta na parte comercial e nos serviços pós-venda, que "só representam, ainda", 15 por cento na faturação.
Apesar de a faturação ter atingido cerca de 20 milhões de euros em 2011, o ano foi "mau" e 2012 perfila-se também como "negativo", uma vez que o primeiro semestre "está também a correr muito mal".
"Em 2011, que foi um ano mau, vendemos cerca de 800 veículos. Para este ano, tínhamos previsto ultrapassar esse número, mas o primeiro semestre está a correr muito mal. Há uma crise muito grande, há uma grande falta de apoio ao consumo e tem havido retração das vendas", sustentou.
Questionado sobre se o investimento em Cabo Verde não é um contrassenso, Adelino Silva lembrou que, atendendo à parceria com o Grupo Domingo Alonso, era necessária a expansão do espaço, mostrando-se confiante que a crise possa ser ultrapassada rapidamente.
Com cerca de uma centena de trabalhadores, e "todos com formação específica" - garantiu à Lusa José Ramos, presidente executivo da Toyota Caetano Portugal -, as novas instalações permitem a criação de um Centro Auto Retail.
A oferta já está em todo o setor automóvel - rent-a-car, produtos financeiros, seguros e peças e acessório, o grupo está presente em seis das nove ilhas - Santiago, São Vicente, Sal, Boavista, Fogo e São Nicolau.
A VAS Cabo Verde, por seu lado, pertence a VAS África, sociedade detida em 51 por cento pelo Grupo Salvador Caetano, e 49 por cento pelo Grupo Domingo Alonso.
JSD.
Governo desafia Grupo Salvador Caetano a usar arquipélago como plataforma para exportação
06 de Junho de 2012, 16:00
Cidade da Praia, 06 jun (Lusa) - O Governo cabo-verdiano desafiou hoje empresários portugueses e espanhóis do setor automóvel - os grupos Salvador Caetanos e Domingo Alonso - a utilizar Cabo Verde como plataforma para exportação das viaturas e serviços para outros mercados.
O desafio foi lançado pelo ministro do Turismo, Indústria e Energia cabo-verdiano, Humberto Brito, na inauguração das ampliadas instalações do Grupo Salvador Caetano em Cabo Verde, um investimento de 400 milhões de escudos (3,6 milhões de euros), em parceria com o Grupo Domingo Alonso, espanhol e detentor do Grupo Volkswagen.
Lembrando que Cabo Verde quadruplicou o parque automóvel nos últimos cinco/seis anos, Humberto Brito salientou a promoção que tem sido feita no país do comércio de viaturas, realçando a realização da Feira do Automóvel, cuja primeira e única edição realizou-se em maio de 2011.
O ministro cabo-verdiano defendeu que há serviços da indústria automóvel que podem ser prestados no arquipélago e destacou a qualidade dos serviços "pós-venda" que o país pode oferecer.
"Cabo Verde poderá tirar aproveitamento deste desafio à volta da movimentação do sector financeiro", realçou, defendendo que a estabilidade do país numa sub-região oeste-africana política e militarmente conturbada, permite a criação de uma plataforma para outros mercados.
Humberto Brito realçou a vontade do Governo cabo-verdiano em tornar o arquipélago num "centro capacitado para servir de investimentos em outras latitudes", uma vez que o país tem condições para crescer e que a reforma do Estado, em curso, e o apoio ao setor privado, permitirá maior competitividade.
A este respeito, o vice-presidente do Grupo Salvador Caetano disse à agência Lusa que a empresa portuguesa, presente no arquipélago desde 1993, encara essa possibilidade, havendo já o estofo da presença em Cabo Verde e em Angola.
Salvador Acácio Caetano, lembrando que o grupo português é o "número um" do setor na Península Ibérica, admitiu estar em estudo a expansão das atividades para outros países africanos e para a América do Sul, mas não avançou que países.
Ao criar em 2010 a parceria com o Grupo Domingo Alonso, o Grupo Salvador Caetano, através das empresas que criou em Cabo Verde, detém 80 por cento das vendas do mercado automóvel no arquipélago, comercializando a Toyota, Daihatsu e Ford, a que se juntaram as quatro marcas da empresa espanhola: Volkswagen, Audi, Skoda e Seat.
JSD
Número de turistas portugueses cresce no primeiro trimestre de 2012 - INE
07 de Junho de 2012, 11:07
Cidade da Praia, 07 jun (Lusa) - O número de turistas portugueses em Cabo Verde manteve a tendência de crescimento no primeiro trimestre de 2012, apesar do quadro económico desfavorável em Portugal, segundo os indicadores publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano.
Citados poje pela agência Inforpress, os dados do INE relativos ao inquérito à movimentação de hóspedes em Cabo Verde, apontam para um crescimento de 4,5 por cento em número de hóspedes e de 6,2 por cento no de dormidas dos residentes em Portugal.
Nos primeiros três meses deste ano, a hotelaria de Cabo Verde recebeu 13.202 residentes em Portugal, que realizaram 57.463 dormidas.
Comparados com os que o INE divulgou há um ano sobre o primeiro trimestre de 2011, ambos os indicadores cresceram, com o número de hóspedes a subir 567 (4,5 por cento) e o número de dormidas em alta de 3.356 (6,2 por cento).
A comparação mostra ainda que a ilha do Sal se mantém como primeiro destino em número de dormidas de portugueses na hotelaria de Cabo Verde, com 22.424 nos primeiros três meses deste ano (0,5 por cento, mais 122 que em 2011).
O inquérito, entretanto, revela que é na ilha da Boavista que se dá o crescimento mais forte, com um aumento de 1.429 pernoitas (8,1 por cento) de residentes em Portugal, atingindo 19.033.
A ilha de Santiago é o terceiro destino, com mais 926 dormidas de turistas portugueses (8,3 por cento, para 12.118), seguida por São Vicente, com mais 747 (31,5 por cento, para 3.118) pernoitas do que há um ano.
No conjunto das restantes ilhas, as dormidas de portugueses tiveram um aumento de 20,7 por cento, mais 132, subindo para 770.
JSD
Exemplo de escola profissional portuguesa vai permitir parcerias com universidades
07 de Junho de 2012, 12:53
Cidade da Praia, 07 jun (Lusa) - O Governo cabo-verdiano defendeu hoje que o exemplo de sucesso da Escola de Negócios e Tecnologias de Cabo Verde (ENTCV), pertencente à empresa portuguesa Magensinus, vai abrir portas a parcerias com os nove institutos de ensino superior no arquipélago.
O desafio foi lançado por António Correia e Silva, ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação de Cabo Verde, na apresentação do Concurso de Ideias de Inovação e Energias Renováveis lançado pela escola de formação profissional portuguesa, inaugurada na Cidade da Praia em novembro de 2009 e que existe em Portugal há 23 anos.
"É um exemplo a seguir e a prosseguir. Queremos escolas que acreditem nos jovens a terem conhecimentos teóricos e técnicos, mas também com uma postura de empregabilidade. Não há futuro numa formação se não for virada para o empreendedorismo", disse Correia e Silva, indicando estar em curso um estudo visando dinamizar a dimensão profissionalizante, virada para a inovação e a iniciativa, no Ensino Superior.
"A escola profissional deve explorar as potencialidades de uma associação com as universidades, que precisam de um choque profissionalizante. Há aqui um espaço de ligação frutuosa, de engenharia institucional, que podemos ter. É uma boa experiência, pequena, mas olhamos com muita esperança e que podemos alargar a todas as ilhas", desafiou.
Correia e Silva disse que o Governo está a trabalhar com agências empresariais e com as várias universidades - que congregam já 13.000 dos 19.000 estudantes universitários (os restantes estudam maioritariamente em Portugal e no Brasil) - para criar "uma verdadeira reconversão do modelo de ensino".
"Não é fácil, mas estamos a envolver as universidades, escolas profissionais e empresas para educar a juventude num novo paradigma. Isso exigirá um verdadeiro choque no modelo de ensino e de aprendizagem. Um ensino mais simulado, oficinal, em que o aluno tem mais liberdade, mas também mais responsabilidades", sustentou.
"Como país da mestiços, este desafio é uma espécie de mestiçagem na educação e na formação", sintetizou.
Questionada pela agência Lusa, a presidente do Conselho de Administração da Magensinus, Maria Celeste Lé de Matos, afirmou que a escola está pronta para entrar numa parceria com as universidades e que a ideia está, à partida, "condenada ao sucesso".
"Foi uma proposta muito gratificante. Acabou por dizer que conhecia o trabalho da escola. Estamos prontos para entrar nessa parceria porque, com o conhecimento das universidades e da Magensinus, lança-nos um desafio para irmos mais além. Tem grandes condições para ter sucesso, vai criar grande dinâmica na inovação, na educação e na formação profissional em Cabo Verde", disse.
O diretor da ENTCV, Joaquim Lé de Matos, disse à Lusa que, em três anos, a escola já formou cerca de uma centena de jovens em cursos de longa duração (14 meses), em áreas como Informática, Gestão, Marketing, Ação Educativa e Energias Renováveis, sem contabilizar os módulos de curta duração, com boa taxa de empregabilidade e de empreendedorismo.
Na cerimónia, a ENTCV apresentou os projetos práticos dos finalistas do curso técnico de energias renováveis - instalação de um sistema híbrido (energia eólica e energia solar), uma bicicleta elétrica movida através de energia renovável, desenvolvimento e construção de uma microturbina eólica, construção de três painéis solares térmicos (materiais reciclados) e desenvolvimento e montagem de um circuito de automação industrial.
JSD
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