quarta-feira, 11 de julho de 2012

Guiné-Bissau: Comissões regionais de eleições começam a trabalhar em breve - CNE



FP - Lusa

Bissau, 10 jul (Lusa) - O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau disse hoje que "apesar das dificuldades" as comissões regionais de eleições começarão em breve a trabalhar para que em abril possa ser marcada a data das eleições gerais.

Desejado Lima da Costa falava à saída de uma reunião com o Presidente de transição guineense, Serifo Nhamadjo, que, disse o responsável, "está preocupado com a evolução do processo" e convocou por isso, além do presidente da CNE, os ministros das Finanças e da Administração do Território.

O encontro, segundo Lima da Costa, serviu para falar da calendarização do processo e definir estratégias globais.

"É necessário que avance rapidamente o recenseamento biométrico e a conclusão da cartografia, sublinhámos isso ao Presidente. E do ponto de vista político é necessário envolver a comunidade internacional, para credibilizar o processo" e para que depois o governo que sair das urnas "possa mobilizar essa comunidade para fazer funcionar os órgãos do Estado", disse Lima da Costa.

O presidente da CNE disse também ter sublinhado ao Presidente a necessidade de que o processo seja "inclusivo", acrescentando que a Comissão está a desenvolver "um esforço tremendo" nesse sentido junto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da ONU.

Para "darmos início em conjunto ao trabalho" e para "que possamos ter uma observação internacional, para credibilizar o processo", disse Desejado Lima da Costa, lembrando que para a preparação e realização das eleições serão necessários cerca de cinco milhões de euros.

Recentemente o responsável tinha estimado em outros cinco milhões o valor do recenseamento biométrico mas perante estimativas já feitas por algumas empresas admitiu hoje que esse recenseamento possa custar "dois milhões e qualquer coisa".

Baptista Té, ministro da Administração do Território do governo de transição, disse, também aos jornalistas, que já há empresas a apresentar propostas para o recenseamento biométrico.

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