MSE - Lusa
Díli, 12 jul (Lusa) - O Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), partido de Xanana Gusmão, que ganhou sem maioria absoluta as legislativas de sábado, vai reunir, domingo, todos os dirigentes da formação partidária para discutir o futuro governo do país.
"Vamos discutir quais as opções que estão em cima da mesa para a formação do governo", afirmou à agência Lusa Dionísio Babo, secretário-geral do CNRT.
O encontro vai realizar-se no Centro de Convenções de Díli e juntar o conselho político nacional e os dirigentes distritais da CNRT.
Segundo os resultados distritais provisórios divulgados no passado domingo pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) timorense, o CNRT obteve 30 dos 65 lugares do parlamento de Timor-Leste, não conseguindo a maioria absoluta para governar sozinho.
A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, obteve 25 lugares e o Partido Democrático (PD), de Fernando La Sama de Araújo, oito lugares.
A Frente Mudança, do atual vice-primeiro-ministro José Luís Guterres, obteve dois lugares no parlamento.
Sem adiantar as opções em discussão no encontro, Dionísio Babo reafirmou à agência Lusa que o partido pretende uma coligação que aceite o Programa Estratégico de Desenvolvimento, aprovado em 2011 e que define metas para o país a médio e longo prazo, respeite a estrutura do Governo e que se comprometa ao não abandono do executivo durante o mandato de cinco anos.
A Comissão Nacional de Eleições deverá terminar na sexta-feira o apuramento nacional dos resultados das eleições, remetendo-os depois para o Tribunal de Recurso.
O Tribunal de Recurso terá depois também um prazo de 72 horas para se pronunciar sobre os resultados.
Só depois de anunciados os resultados oficiais pelo Tribunal de Recurso e publicados no Jornal da República é que o Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, deverá convocar os partidos para encontros e pedir ao partido mais votado ou à aliança de partidos com maioria parlamentar para formar governo.
A Constituição de Timor-Leste não define prazos para a tomada de posse dos membros do Governo, mas o mandato do executivo termina a 08 de agosto, precisamente cinco anos depois da sua posse.
Depois de divulgados os resultados no Jornal da República, o parlamento tem 15 dias para dar posse aos novos deputados.
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