Lusa, publicado por
Graciosa Silva em Diário de Notícias
O deputado
socialista Marcos Perestrello considerou hoje que a reunião de segunda-feira,
entre o Presidente da República e os chefes militares, "é importante"
pelos "sinais preocupantes" de "mal-estar, no seio das Forças
Armadas".
"O Presidente
da República é o Comandante Supremo das forças Armadas e, perante os sinais que
eu diria preocupantes que têm vindo a púbico de algum mal-estar no seio das
Forças Armadas, esta reunião é importante e até já peca por ser tardia", declarou
à agência Lusa o antigo secretário de Estado da Defesa do PS.
Perestrello frisou
que "é importante que alguém se preocupe em compreender o que se está a
passar" na instituição militar.
"Têm vindo a
público sinais que devem chamar à atenção dos responsáveis militares e
políticos", considerou.
O dirigente do PS
fez também um comentário às declarações proferidas pelo chefe do Estado-Maior
General das Forças Armadas (CEMGFA), Luís Araújo, que há alguns dias afirmou
que os militares estão "atentos" à situação do país e não são
"submissos".
"Um dos papéis
mais importantes de qualquer chefe militar é compreender e saber interpretar o
sentimento dos militares, e é a essa luz que devemos ler essas declarações. Um
chefe militar não pode deixar a outros e a outras organizações que falem pela
sua instituição", defendeu.
O Presidente da
República, Cavaco Silva, recebe na segunda-feira, às 12:45, os quatros chefes
militares no Palácio de Belém.
Entretanto, na
sexta-feira, o Conselho de chefes de Estado-Maior emitiu um comunicado no qual
rejeitava as afirmações públicas "irresponsáveis" proferidas nos
últimos dias "por entidades exteriores à cadeia de comando das Forças
Armadas".
Os quatros generais
disseram não aceitar "quaisquer interferências" em matérias "da
sua responsabilidade direta e exclusiva".
- Foto Orlando
Almeida/Global Imagens
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