A Semana (cv), com foto
Depois de três dias
sem chuva, a ilha da Boa Vista vai retomando a rotina. A reabertura da via
alternativa permitiu a acessibilidade entre a cidade de Sal Rei, o aeroporto e
a localidade de Rabil. Nas barracas e na área que envolve o liceu, as
autoridades continuam a fazer a bombagem das águas pluviais. Por outro lado, os
corpos dois cidadãos guineenses arrastados pelas enxurradas ainda não foram
encontrados.
A via alternativa
foi aberta ontem de manhã para o auto-tanques de combustíveis e viaturas que
transportam géneros alimentícios. As lojas e os mercados estão abastecidos, o
liceu já está a funcionar plenamente, apesar dos constrangimentos que ainda
persistem em termos de acesso ao edifício. Os funcionários dos hotéis já podem
dirigir-se aos locais de trabalho por via terrestre e pessoas de outras
localidade que trabalham em Sal Rei já retornaram o seu posto.
Mas há ainda muito
por fazer. Apesar de não ter chovido desde segunda-feira, há ainda muita água
parada, sobretudo no alagado Bairro da Boa Esperança e na área envolvente do
liceu da ilha das Dunas. Máquinas e homens tentam tirar a água do local, mas
este trabalho tem-se revelado pouco frutífero.
A preocupação
aumenta ainda mais por causa do lixo e dos restos fecais que têm sido atirados
pelos moradores para a água. Esta quinta-feira, 04, a ministra da Saúde,
Cristina Fontes, chega à ilha para definir questões ligadas ao combate a
doenças provocadas pelas enchentes e água estagnada.
Por seu lado, os
corpos dos dois cidadãos guineenses arrastados pelas enxurradas desde há uma
semana ainda não foram encontrados. A fraca visibilidade nas águas dificultou o
trabalho. Sem chuva, as autoridades estão mais confiantes que irão encontrar os
dois emigrantes. Mas é quase nula a esperança de encontrar com vida Ibraima
Dembo e Sacamisa Djaló, de 24 e 26 anos, respectivamente.
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