Cândido Rodrigues –
Liberal (cv), opinião
Há algum tempo
escrevi sobre esta matéria e resolvi trazer o assunto mais uma vez porque
parece que o nosso Primeiro-ministro julga que somos um “bando de tolos”, que a
qualquer momento ele poderá abrir a sua boca grande e mentir de forma
descarada.
O que extraímos da
situação actual deste país, bem como da actuação criminosa dos detentores do
poder, é a consequência e actuação previsível de uma "partidocracia",
a qual por definição não presta contas a ninguém dos seus actos e crimes, por
isso são arrogantes e nem se preocupam com as denúncias.
A manifesta
incompetência, o compadrio, o emprego para os amigos e familiares, o caso “TACV
atribuindo o cargo de PCA ao irmão do Primeiro-ministro, a aplicação de
políticas que visam servir os interesses instituídos, o governar-se à custa do
povo, a intimidação exercida pela "polícia política", o caso da
ministra Janira Hopffer Almada com o esposo a receber como prémio pelo
matrimónio um alto cargo; a recente nomeação do ex-candidato presidencial
Manuel Inocêncio para PCA da CVTelecom; a construção da mordomia palaciana do
senhor Primeiro Ministro na Prainha; os cargos políticos dos consulados e
embaixadas e os altos cargos nos serviços públicos em Cabo Verde, são exemplo
de como funciona o tal plano “JOB FOR THE BOYS MADE IN CAPE VERDE”.
A Justiça funciona
às ordens do senhor Primeiro-ministro. Nas últimas eleições autárquicas deu
ordens claras para repetir as eleições em Assomada e a Justiça prontamente
respondeu às ordens do chefe; por isso, espezinham e aviltam a nossa dignidade
colectiva, com o maior desplante e desrespeito. A lamúria sobre a crise mundial
passou a ser o principal culpado pela situação actual do país. O País sem
regras e perto do abismo nas mãos de criminosos políticos, praticam-se os
piores crimes dentro das próprias instituições públicas, sem que os culpados
sejam devidamente punidos ou corrigidos, "caso saco azul", caso Júlio
Correia, etc. Cada um faz o que quer e pode e, como os criminosos é que
controlam o poder, isso provoca um efeito devastador na nossa sociedade, que
perdeu toda a esperança.
Comecemos pelas
coisas simples, por resolver os problemas dos cidadãos, por dar a punição
severa aos criminosos, principalmente aos que ocupam cargos dentro do aparelho
do Estado, "OS CORRUPTOS", e veremos, rapidamente, a nossa situação
política, económica e financeira melhorar. Para isso é necessário uma classe
política mais digna, menos covarde, que enfrente os problemas e os resolva, em
vez de virar a cara e se colocar à margem, deixando-os agravar até ao limite,
como fazem estes governantes de gravita. É preciso que, perante os problemas
concretos, se fale dos problemas, com clareza e não se "mude" de
conversa demagogicamente, a fim de não responder às denúncias, atitude que só
serve para entreter os tolos e proteger a perfídia dos criminosos. Não se pode
resolver nenhum problema de um governo com vírus de incompetência e com génese
de mentira. A publicidade sobre medidas para conter despesas não passa de
simulacro para divertir os incautos. Continuam a disfrutar da mordomia e o povo
paga as favas da mentira num pais pobre com um governo gordo e preguiçoso. Este
governo não tem respeito por nada, nem sequer por si próprio e os seus pupilos
amarelados, e muito menos pela opinião ou vontade da população.
Por último, deviam
ter um mínimo de dignidade e de vergonha, de justiça e de democracia, na
vivência do dia-a-dia. A decência dos governantes é o mínimo que se deve
exigir, para que possamos viver em paz e progredir. O nosso Primeiro-ministro
vem dando sinais claros de desespero e já não tem condições para seguir em
frente, buscando apenas “alternativas” em fóruns de fachada para poder minimizar
a pior legislatura da historia deste pequeno pais.
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