Henrique Raposo –
Expresso, opinião, em Blogues
No discurso do 5 de
Outubro, escondido da populaça, o Presidente da República optou por falar de um
tema importante, mas que - já aqui o disse várias vezes - nada tinha a ver com
a delicada situação em que vivemos.
Algumas pessoas
fizeram-me ver que o chefe do Estado prefere trabalhar nos bastidores, não
proferindo uma palavra que possa incendiar, ainda mais, a frágil situação
política em que vivemos. Achei o argumento fraco, mas enfim...
Eis senão quando,
numa entrevista ao jornal económico 'Expansión', o mesmo Cavaco Silva revela o
seu pensamento sobre a atual crise: Entre outras coisas acertadas, disse que se
tem de ouvir o povo; que a política fiscal vai ter um efeito recessivo e que os
empresários não têm expectativas positivas.
Ou seja, o que
podia ter dito numa cerimónia oficial do Estado português, reservou para o
dizer numa entrevista a um jornal estrangeiro. É curioso. Mais do que curioso,
é feio.
Tenho, até, uma ou
duas palavras para classificar este comportamento. Se fosse como o Presidente,
di-las-ia quando um jornal espanhol quisesse saber a minha opinião. Como não
sou, digo-as já: falta de tino e desorientação.
Relacionados em Página Global
MÁRIO SOARES DIZ QUE
PORTAS DEVE DEMITIR-SE “O QUANTO ANTES”
Leia mais sobre Portugal
(símbolo na barra lateral)
1 comentário:
Um bom mercenário... aquilo a que se pode chamar terrorista. Cumpre essas funções e o resto é treta.
Enviar um comentário