Jornal de Notícias
O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi vaiado, esta segunda-feira, à
entrada para a Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, por algumas dezenas de
manifestantes que o aguardavam.
Mal o automóvel do
primeiro-ministro entrou na Fundação Cupertino de Miranda, às 10.00 horas,
ouviram-se várias palavras de ordem, como "25 de Abril sempre, fascismo
nunca mais" e "gatuno, gatuno".
Momentos antes, já
os manifestantes referiam: "Correr com esta gente é preciso, é
urgente", "A luta continua, Portas para a rua".
Dezenas de pessoas
estavam, desde as 09.00 horas, concentradas em frente à fundação, na qual o
primeiro-ministro participa no seminário "A emigração portuguesa na Europa
- desafios e oportunidades".
A polícia colocou
grades na placa central da avenida, assim como nas laterais da fundação,
impendido assim qualquer contacto entre os manifestantes e os participantes na
conferência.
Entre os
manifestantes estão representantes do Sindicato dos Trabalhadores da
Administração Local (STAL), com uma tarja onde se lê: "Não ao pacote de
exploração e empobrecimento".
Os trabalhadores da
cerâmica de Valadares, de Vila Nova de Gaia, também aproveitaram a ocasião para
exigirem "o pagamento dos salários em divida".
Para além de
sindicatos afetos à CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses
-- Intersindical Nacional), no local estão outros populares, como Manuel
Caldeira, de 78 anos, com um cartaz: "Comprei a minha reforma a prestações
durante 48 anos. Os piratas estão a roubar-me".
Em declarações à
agência Lusa, o aposentado diz estar a manifestar-se por "iniciativa
própria", porque "estão a roubar tudo e já não é de agora".
Há também algumas
pessoas abrigadas da chuva do outro lado da avenida, por baixo das árvores do
Parque da Cidade.
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