quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Portugal: PROENÇA-O-COSTUME, CCP NÃO VÊ, PCP VÊ “ROUBO FEITO POR OUTRA VIA”

 


João Proença - UGT: Prova-se "clara falência" das políticas do Governo
 
Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca em Diário de Notícias
 
O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou hoje que as medidas de austeridade hoje anunciadas pelo Governo traduzem "uma clara falência" das políticas do Executivo para a redução do défice.
 
Em declarações à Lusa, João Proença afirmou que "este Orçamento do Estado para 2013 traduz uma brutal austeridade, um agravamento brutal da carga fiscal."
 
Segundo calculou o sindicalista, com a redução de oito para cinco do número de escalões do IRS, cuja taxa média efetiva passa de 9,8% para 13,2%, "o agravamento total do IRS para cada português é de 35%".
 
"Estas propostas traduzem uma clara falência do que tem sido a política do Governo para a redução do défice e traduz também uma incapacidade [do Governo] para executar essa redução".
 
João Proença criticou ainda o facto de não terem sido apresentadas medidas que apostem no crescimento e emprego e indicou que vai pedir ao Governo esclarecimentos sobre as reduções da despesa "em matérias muito sensíveis", como a saúde e a educação.
 
O Governo vai repor um subsídio aos funcionários públicos e 1,1 subsídios aos pensionistas e reformados, sendo esta reposição compensada nas contas do estado com aumentos em vários impostos, afirmou hoje o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, em conferência de imprensa.
 
Entre os aumentos de impostos está, por exemplo, uma sobretaxa extraordinária em sede de IRS em 2013 à semelhança do que aconteceu em 2011 (com o corte de metade do valor do subsídio de Natal acima do ordenado mínimo nacional), e ainda um aumento efetivo do IRS através da redução de escalões.
 
Mais auteridade - CCP não vê como Portugal pode sair da crise
 
Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
 
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou hoje que não vê como é que Portugal pode sair da crise se persistir o "aumento progressivo de impostos" avançado hoje pelo ministro das Finanças.
 
"Consideramos que a persistir esta via seguida pelo Governo de aumento progressivo de impostos com redução do rendimento disponível das famílias e contração do consumo interno, não vemos como Portugal pode sair da crise em que está, já que este conjunto de medidas irão continuar a acentuar o encerramento de empresas e o aumento do desemprego", disse João Vieira Lopes.
 
Em segundo lugar, "consideramos que esta solução fiscal via IRS [Imposto sobre o Rendimento de pessoas Singulares] é mais equilibrada que a anteriormente proposta pelo Governo, que envolvia a TSU [Taxa Social Única]".
 
Por outro lado, "continuamos preocupados com o facto de faltarem claramente medidas no sentido da dinamização da economia, em particular como vamos incentivar o investimento e permitir que as empresas sobrevivam a esta complexa situação", acrescentou.
 
O presidente da CCP afastou qualquer cenário de um crescimento económico em breve, adiantando que não considera o quadro macroeconómico realista.
 
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou hoje um "enorme aumento de impostos" para o próximo ano.
 
Jerónimo de Sousa - PCP diz que "é um roubo feito por outra via"
 
Helena Tecedeiro
 
Líder do PCP reagiu às medidas apresentadas pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, alegando tratar-se de "um roubo por outra via".
 
"Enquanto retirarm milhares de milhões de euros aos trabalhadores, vão buscar apenas uns milhares ao capital", afirmou Jerónimo de Sousa.
 
Referindo-se ao "discurso de palha" de Gaspar durante 25 minutos, o líder do PCP criticou o facto de o ministro terminar a intervençaõ com o anúncio do auemtno do desemprego.
 
"Estas medidas vão somar desastre ao desastre em que o país se encontra", prosseguiu. E garantiu que o PCP considera "um escândalo" a apresentação destas medidas.
 
"Já não faltavam razões para apresentarmos a nossa moção de censura", explicou e acrescentou que as medidas hoje anunciadas só vêm juntar mais.
 
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*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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