João Proença - UGT:
Prova-se "clara falência" das políticas do Governo
Lusa, texto
publicado por Sofia Fonseca em Diário de Notícias
O secretário-geral
da UGT, João Proença, considerou hoje que as medidas de austeridade hoje
anunciadas pelo Governo traduzem "uma clara falência" das políticas
do Executivo para a redução do défice.
Em declarações à
Lusa, João Proença afirmou que "este Orçamento do Estado para 2013 traduz
uma brutal austeridade, um agravamento brutal da carga fiscal."
Segundo calculou o
sindicalista, com a redução de oito para cinco do número de escalões do IRS,
cuja taxa média efetiva passa de 9,8% para 13,2%, "o agravamento total do
IRS para cada português é de 35%".
"Estas
propostas traduzem uma clara falência do que tem sido a política do Governo
para a redução do défice e traduz também uma incapacidade [do Governo] para
executar essa redução".
João Proença
criticou ainda o facto de não terem sido apresentadas medidas que apostem no
crescimento e emprego e indicou que vai pedir ao Governo esclarecimentos sobre
as reduções da despesa "em matérias muito sensíveis", como a saúde e
a educação.
O Governo vai repor
um subsídio aos funcionários públicos e 1,1 subsídios aos pensionistas e
reformados, sendo esta reposição compensada nas contas do estado com aumentos
em vários impostos, afirmou hoje o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, em
conferência de imprensa.
Entre os aumentos
de impostos está, por exemplo, uma sobretaxa extraordinária em sede de IRS em
2013 à semelhança do que aconteceu em 2011 (com o corte de metade do valor do
subsídio de Natal acima do ordenado mínimo nacional), e ainda um aumento
efetivo do IRS através da redução de escalões.
Mais auteridade -
CCP não vê como Portugal pode sair da crise
O presidente da
Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou hoje que não
vê como é que Portugal pode sair da crise se persistir o "aumento
progressivo de impostos" avançado hoje pelo ministro das Finanças.
"Consideramos
que a persistir esta via seguida pelo Governo de aumento progressivo de
impostos com redução do rendimento disponível das famílias e contração do
consumo interno, não vemos como Portugal pode sair da crise em que está, já que
este conjunto de medidas irão continuar a acentuar o encerramento de empresas e
o aumento do desemprego", disse João Vieira Lopes.
Em segundo lugar,
"consideramos que esta solução fiscal via IRS [Imposto sobre o Rendimento
de pessoas Singulares] é mais equilibrada que a anteriormente proposta pelo
Governo, que envolvia a TSU [Taxa Social Única]".
Por outro lado,
"continuamos preocupados com o facto de faltarem claramente medidas no
sentido da dinamização da economia, em particular como vamos incentivar o
investimento e permitir que as empresas sobrevivam a esta complexa
situação", acrescentou.
O presidente da CCP
afastou qualquer cenário de um crescimento económico em breve, adiantando que
não considera o quadro macroeconómico realista.
O ministro das
Finanças, Vítor Gaspar, anunciou hoje um "enorme aumento de impostos"
para o próximo ano.
Jerónimo de Sousa -
PCP diz que "é um roubo feito por outra via"
Helena Tecedeiro
Líder do PCP reagiu
às medidas apresentadas pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, alegando
tratar-se de "um roubo por outra via".
"Enquanto
retirarm milhares de milhões de euros aos trabalhadores, vão buscar apenas uns
milhares ao capital", afirmou Jerónimo de Sousa.
Referindo-se ao
"discurso de palha" de Gaspar durante 25 minutos, o líder do PCP
criticou o facto de o ministro terminar a intervençaõ com o anúncio do auemtno
do desemprego.
"Estas medidas
vão somar desastre ao desastre em que o país se encontra", prosseguiu. E garantiu
que o PCP considera "um escândalo" a apresentação destas medidas.
"Já não
faltavam razões para apresentarmos a nossa moção de censura", explicou e
acrescentou que as medidas hoje anunciadas só vêm juntar mais.
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