segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Portugal: ROSTOS DA FOME… E CAVACO APROVA DIPLOMAS INCONSTITUCIONAIS

 

Quase 300 mil em centros de emprego sem subsídio de desemprego ou RSI
 
TSF
 
Dos 640 mil inscritos em centros de emprego do IEFP em agosto, 46 por cento encontravam-se sem este tipo de apoios.
 
São quase 300 mil os inscritos nos centros de emprego do IEFP que não beneficiam de subsídio de desemprego ou de Rendimento Social de Inserção.
 
Da totalidade dos 640 mil inscritos em agosto nestes centros, 46 por cento estão sem este tipo de apoios, um número bastante maior do que se acreditava.
 
Contudo, há ainda que ter em conta que muitos desempregados não estão inscritos nestes centros, uma vez que cerca de um milhão de portugueses desempregados e inativos desistiu de procurar trabalho em Junho.
 
Por outro lado, o subsídio de desemprego normal ou social apenas chega a 360 mil portugueses.
 
Na prática, dois terços dos portugueses sem atividade remunerada não recebem subsídio de desemprego e apenas uma minoria está a receber o Rendimento Social de Inserção, que se fica pelos 200 mil adultos.
 
Os últimos números que vieram a público indicavam que 170 mil portugueses estavam sem subsídio de desemprego ou Rendimento Social de Inserção.
 
Cavaco reconhece «efeito recessivo» de medidas de austeridade
 
TSF
 
Numa entrevista ao jornal espanhol Expansion, Cavaco Silva admitiu que têm existido fortes manifestações nas ruas e lembrou que os políticos não podem ignorar a voz do povo.
 
O Presidente da República admitiu como óbvio o «efeito recessivo» das medidas de austeridade e reconheceu que as expectativas dos empresários «não são muito positivas».
 
Numa entrevista publicada esta segunda-feira no jornal espanhol Expansion, Cavaco Silva admitiu também que têm existido fortes manifestações nas ruas e lembrou que os «políticos não podem ignorar a voz do povo».
 
Sem querer avaliar as últimas medidas do Governo, Cavaco elogiou, contudo, a humildade do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho no caso das alterações à TSU.
 
O cherfe de Estado recordou que a medida foi muito mal recebida e que o Governo percebeu esse descontentamento.
 
Governo deve sujeitar-se às situações mais complicadas, diz Marcelo
 
TSF
 
No habitual comentário na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa avisou, esta noite, que «se o poder tem medo de aparecer na rua, convida a rua a uma escalada contra o poder».
 
O antigo presidente do PSD e Conselheiro de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, aconselhou, esta noite, o Governo a sujeitar-se às situações mais complicadas se essa for a vontade dos portugueses.
 
«As instituições desprestigiam-se quando os titulares do poder têm medo de aparecer publicamente, isso tem de se inverter rapidamente. Não podem estar a fugir, não podem sair pelas portas das traseiras, nem que se sujeitem às situações mais complicadas, é preferível», destacou Marcelo.
 
«As pessoas não querem uma revolução em democracia, não querem o poder na rua. Agora se o poder tem medo da rua, convida a rua a uma escalada contra o poder», avisou.
 
No habitual comentário de domingo à noite na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu não ter gostado da mudança de local das cerimónias do 5 de outubro, considerando que essa alteração revela um poder distante das pessoas, o que pode pôr as instituições em perigo.
 
Sobre o fim da cláusula de salvaguarda do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), anunciado na passada quarta-feira pelo ministro das Finanças, Marcelo Rebelo de Sousa disse não ter dúvidas que é uma decisão errada e que o Governo a deve corrigir.
 
«O IMI é um erro desnecessário porque vai criar problemas nos tribunais, porque a sua aplicação não vai ser a que o Governo pensa, porque desaparecer a cláusula de salvaguarda é uma injustiça. Acho que isso foi um excesso e (...) acho que há boas razões para o Governo discutir e recuar nessa matéria, ou menos em parte», comentou.
 
A cláusula de salvaguarda do IMI permitia garantir que os prémios reavaliados até 2014 não tivessem um aumento superior a 75 anos. A decisão do Governo de acabar com esta norma vai fazer com que o aumento do imposto aconteça já no próximo ano.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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