Inquérito sem
arguidos
Mariana Oliveira -
Público
Um dia após um
violento editorial publicado no Jornal de Angola, o Departamento Central de
Investigação e Acção Penal (DCIAP) confirmou esta terça-feira, através de
comunicado, a existência de uma investigação “contra altos dirigentes
angolanos”, adiantando, contudo, que este inquérito não tem ainda arguidos.
Esta informação já
tinha sido avançada no fim-de-semana pelo semanário Expresso, que divulgou em
primeira mão que três figuras do Estado angolano, do círculo mais próximo do
Presidente José Eduardo dos Santos, estão a ser investigadas por suspeitas de
fraude fiscal e branqueamento de capitais.
“O processo encontra-se em segredo de justiça, pelo que não é possível, neste momento, prestar quaisquer outros esclarecimentos”, afirma o DCIAP.
Na edição desta terça-feira, o PÚBLICO noticia que o inquérito-crime foi aberto em Julho, após um ano de averiguações levadas a cabo pelo Ministério Público. Tudo começou com uma queixa-crime de um professor universitário angolano, que se serviu de vários trabalhos do jornalista angolano Rafael Marques para instruir a participação. Tanto o académico como o jornalista foram ouvidos pelo DCIAP durante a averiguação preventiva, tendo Rafael Marques juntado documentos aos autos.
Em Julho, a averiguação — que visa avaliar a existência de indícios criminais relevantes — foi transformada num inquérito, que ainda se encontra numa fase inicial. As diligências começaram apenas em Setembro, após as férias judiciais.
O inquérito está nas mãos do procurador Paulo Gonçalves, que assumiu vários processos relacionados com Angola, após a polémica licença sem vencimento de longa duração pedida pelo procurador Orlando Figueira, que está agora a trabalhar no sector privado. Paulo Gonçalves é o titular dos inquéritos que têm como arguido o actual chairman do Banco Espírito Santo Angola, Álvaro Sobrinho.
O Expresso noticiou este fim-de-semana que três altas figuras do Estado angolano estão a ser investigadas por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. São eles Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e ex-director-geral da empresa petrolífera nacional Sonangol; o general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República; e o general Leopoldino Nascimento “Dino”, consultor do ministro de Estado e ex-chefe de Comunicações da Presidência da República.
“O processo encontra-se em segredo de justiça, pelo que não é possível, neste momento, prestar quaisquer outros esclarecimentos”, afirma o DCIAP.
Na edição desta terça-feira, o PÚBLICO noticia que o inquérito-crime foi aberto em Julho, após um ano de averiguações levadas a cabo pelo Ministério Público. Tudo começou com uma queixa-crime de um professor universitário angolano, que se serviu de vários trabalhos do jornalista angolano Rafael Marques para instruir a participação. Tanto o académico como o jornalista foram ouvidos pelo DCIAP durante a averiguação preventiva, tendo Rafael Marques juntado documentos aos autos.
Em Julho, a averiguação — que visa avaliar a existência de indícios criminais relevantes — foi transformada num inquérito, que ainda se encontra numa fase inicial. As diligências começaram apenas em Setembro, após as férias judiciais.
O inquérito está nas mãos do procurador Paulo Gonçalves, que assumiu vários processos relacionados com Angola, após a polémica licença sem vencimento de longa duração pedida pelo procurador Orlando Figueira, que está agora a trabalhar no sector privado. Paulo Gonçalves é o titular dos inquéritos que têm como arguido o actual chairman do Banco Espírito Santo Angola, Álvaro Sobrinho.
O Expresso noticiou este fim-de-semana que três altas figuras do Estado angolano estão a ser investigadas por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. São eles Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e ex-director-geral da empresa petrolífera nacional Sonangol; o general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República; e o general Leopoldino Nascimento “Dino”, consultor do ministro de Estado e ex-chefe de Comunicações da Presidência da República.
1 comentário:
ANGOLA PODERIA EXERCER O "DIREITO DE RECIPROCIDADE":
O capital que o BES trouxe para Angola é proveniente de onde?
O BES já prestou contas dos capitais que detém provenientes da Líbia?
Como em Angola, país africano, se aceitam capitais duvidosos duma entidade como o BES, uma parte desses capitais provenientes de África e "conseguidos" por causa duma guerra de agressão?
O BES deveria prestar contas públicas sobre esses capitais e ao não fazê-lo é mais um dos "abutres" do continente!
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