Verdade (mz)
Os médicos filiados
à Associação Médica de Moçambique (AMM) continuam de greve pelo segundo dia
consecutivo. Nesta Terça-feira (8), e após uma adesão de mais de 90% dos seus
membros ao primeiro dia da greve, os profissionais da saúde resolveram
mostrar-se ao público juntos para convencer aqueles que não acreditam que a
greve esteja a acontecer.
Cerca das 7h20 os
médicos de greve em Maputo começaram a concentrar-se defronte da entrada
lateral do Centro de Conferências Joaquim Chissano.
Pouco depois das 8
horas já estavam concentrados no local uma centena de médicos que decidiram
limpar a praia da Miramar, sempre suja de garrafas e outros objectos.
Mais de 140 médicos
estiveram reunidos na concentração realizada na capital do país. Só abandonaram
o local quando uma equipa de reportagem da televisão pública nacional (TVM) se
fez àquele local. Eles alegam que este órgão está a deturpar as suas reivindicações.
Médicos
amedrontados
Em Nampula, Norte
de Moçambique, mais de 15 médicos, dos 129 afectos a diferentes unidades
sanitárias, reuniram-se em frente da Secretaria do Governo Provincial para
discutir assuntos relacionados com as suas preocupações. O encontro levou mais
de três horas.
Entretanto, eles
não quiseram falar à Imprensa alegadamente porque só o porta-voz da Associação
Médica de Moçambique (AMM) pode fazê-lo. As autoridades governamentais desta
região mostram-se, igualmente, indisponíveis para prestar declarações sobre o
estágio actual da greve dos médicos iniciada esta segunda-feira à escala
nacional.
A nossa reportagem
conseguiu apurar as implicações da ausência daqueles profissionais nos
respectivos locais de trabalho, que ao contrário da informação veiculada por
alguns Responsáveis da Saúde, não estão a funciona plenamente, sobretudo, nas
enfermarias e nos serviços de consultas externas e enfermarias.
Bancos de Socorros
funcionam sem problemas
Refira-se que desde
esta Segunda-feira (7) as principais Unidades Hospitalares de Moçambique estão
a funcionar com os serviços mínimos, Bancos de Socorros e outros serviços de
urgências, que tem também estado a ser garantidos por médicos filiados à AMM.
Médicos
estrangeiros, norte-coreanos e cubanos, estão a trabalhar nos Hospitais assim
como foram mobilizados médicos nacionais que já não exercem o serviço clínico.
Médicos do Hospital Militar foram também destacados para reforçar os serviços
de atendimentos aos doentes nos Hospitais Centrais.
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