Jorge Nascimento
Rodrigues - Expresso
A probabilidade
de incumprimento da dívida regressou a um valor próximo de 30%.
Ontem, o país havia descido para a 10ª posição no "clube"
de 10 países com mais alto risco. Hoje subiu para o 8º lugar. No mercado
secundário, os juros sobem há dois dias em todos os prazos.
A probabilidade de
incumprimento da dívida portuguesa num horizonte de cinco anos fechou hoje em
29,95%, depois de ontem ter fechado em 29,14% e na segunda-feira em 28,71%,
segundo dados da CMA DataVision.
O custo dos credit
default swaps - derivados financeiros que funcionam como seguros contra o
risco de incumprimento - subiu para ligeiramente acima de 400 pontos base. Na
segunda-feira havia fechado em 380,39 pontos base e na semana passada fechara
em 378,33 pontos base.
Fruto deste agravamento,
a posição de Portugal no grupo dos 10 países com mais alto risco de
incumprimento subiu da 10ª posição, em que fechara ontem, para a 8ª posição ao
final do dia de hoje. Ultrapassou o Egito e o Iraque, cujo nível de risco está,
também, no patamar dos 29%.
O agravamento da
situação era já observável no mercado secundário da dívida, onde as yields das
obrigações do Tesouro (OT) estão a subir há dois dias em todos os prazos,
segundo dados da Bloomberg. As yields das OT a 10 anos fecharam em
6,5% quando no início da semana estavam em 6,375%. No prazo médio residual da
dívida portuguesa, que é de 7 anos, as yields subiram de 5,9% no
fecho de segunda-feira para 6,13% no fecho de hoje.
O prémio de risco
da dívida portuguesa está, de novo, acima de 5 pontos percentuais. Este prémio
deriva do diferencial entre as yields das obrigações do Tesouro
português e as relativas aos Bunds, os títulos alemães, no prazo a dez
anos.
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