SIC - Lusa
O bastonário da
Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, pediu hoje uma intervenção do Presidente da
República, com "consequências políticas", face às medidas do Governo,
que "ameaçam os alicerces da democracia", referiu.
Aquele responsável
falava aos jornalistas na Covilhã, após uma conferência sobre
"Democratização da Justiça", na Universidade da Beira Interior (UBI).
Marinho Pinto
criticou a política de austeridade, classificando-a como "uma ameaça aos
alicerces da democracia", porque "não há liberdade com barriga
vazia", numa alusão às dificuldades dos portugueses. "Derrubou-se o
Governo anterior por querer aplicar medidas de austeridade infinitamente mais
pequenas do que aquelas que estão ser aplicadas, por quem garantiu que não o ia
fazer", destacou.
O bastonário
considera a situação "demasiado grave" para que continue "sem
que haja consequências políticas", pelo que pede a intervenção de Cavaco
Silva."O Presidente da República deve exercer as suas funções e deve fazer
respeitar a Constituição e não refugiar-se num palácio e desaparecer da vida
pública", salientou.
Para Marinho Pinto,
"o Governo faz o que quer impunemente com a maioria parlamentar, porque as
outras instituições não estão a funcionar como deviam, nomeadamente o
Presidente da República".
Questionado sobre
se está a pedir que Cavaco Silva dissolva a Assembleia da República, o
bastonário respondeu que deve dar "pelo menos palavras de esperança"
aos portugueses.
Portugal "está
praticamente sem Presidente da República" e ele "deve atuar",
concluiu.
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