UE insta Renamo a
encontrar "solução pacífica" para crise em Moçambique
11 de Abril de
2013, 13:03
Maputo, 11 abr
(Lusa) - A União Europeia instou hoje a Resistência Nacional de Moçambique
(Renamo) a encontrar "uma solução pacífica" para o conflito
político-militar que opõe o principal partido da oposição ao Governo
moçambicano e que se saldou na morte de oito pessoas.
Em declarações à
Lusa, o deputado da Renamo Saimon Macuana disse que o partido manteve hoje
encontros com representantes do corpo diplomático de países da União Europeia
que consideraram o assunto "sério".
Segundo Saimon
Macuana, que integrou a delegação da Renamo, a União Europeia apelou, por isso,
ao partido e às autoridades moçambicanas para encontrarem "uma solução
entre moçambicanos" para a crise político-militar, que resultaram em
confrontos entre a polícia e ex-guerrilheiros da maior força política da
oposição do país.
"Eles acham
que o assunto é sério e que se deve encontrar solução entre moçambicanos. Não
tinham uma resposta imediata, mas apelaram para que se encontrasse uma solução
pacífica. Estão abertos a apoiar", disse Saimon Macuana.
Cinco membros da
Força de Intervenção Rápida (FIR), a polícia antimotim moçambicana e um
comandante da antiga guerrilha da Renamo morreram, durante confrontos no Posto
Administrativo de Muxunguè, centro de Moçambique, na quinta-feira da semana
passada.
No sábado, três
civis perderam a vida e um ficou ferido, num ataque a viaturas na mesma zona,
que o Governo atribuiu aos ex-guerrilheiros da Renamo, mas que o movimento
rejeita com o fundamento de que não atacará alvos civis.
Na quarta-feira, em
conferência de imprensa na Serra de Gorongosa, onde reside, o líder da Renamo,
Afonso Dhlakama, garantiu que Moçambique não vai voltar à guerra, mas ameaçou
retaliar caso o Governo ataque os antigos guerrilheiros do seu partido.
"Nunca vai
haver mais guerra, mas não estou nada satisfeito com a situação e é preciso que
sejam resolvidos rapidamente os problemas pendentes", nomeadamente a
composição dos órgãos eleitorais, que a Renamo contesta, disse Afonso Dhlakama
na primeira reação aos acontecimentos.
MMT // VM
Imprensa
moçambicana realça promessa de Afonso Dhlakama no desanuviamento da tensão
11 de Abril de
2013, 13:04
Maputo, 11 abr
(Lusa) - A imprensa moçambicana centra-se hoje na referência à via do diálogo
assumida pelo presidente da Renamo, principal partido da oposição moçambicana,
Afonso Dhlakama, no desanuviamento da tensão que se vive no país.
Após alguns meses
em silêncio, o presidente da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique) deu,
na quarta-feira, uma conferência de imprensa sobre os confrontos da semana
passada entre a polícia e ex-guerrilheiros do movimento e ataques a alvos
civis.
Os incidentes
provocaram oito mortos, incluindo membros da Força de Intervenção Rápida (FIR),
a polícia antimotim moçambicana, e um comandante da antiga guerrilha da Renamo.
Na sequência da
conferência de imprensa que deu na Serra da Gorongosa, antiga base central do
movimento durante a guerra civil, Afonso Dhlakama reiterou o compromisso com a
paz, que assinou a 04 de outubro de 1992 na capital italiana, Roma.
A quase totalidade
dos jornais moçambicanos escolhe um tom de alívio na referência à opção pela
paz assumida pelo antigo chefe da guerrilha moçambicana.
O Notícias, diário
de maior circulação no país, titula em primeira página que "Dhlakama
revela passos do diálogo" e desenvolve o tema na página sete do jornal com
uma afirmação do líder da Renamo, que dá o título "Nunca vai haver guerra
no país".
O jornal O País,
outro diário de referência em Moçambique, dá também destaque à conferência de
imprensa de Afonso Dhlakama com a manchete "Estou em contacto com o
Presidente Guebuza", citando uma declaração do presidente da Renamo sobre
contactos com o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, para a distensão
da crispação entre as duas partes.
Por seu turno, o
canal público Rádio Moçambique destaca na sua página de Internet que
"Dhlakama garante não à guerra", enquanto o diário eletrónico Canal
de Moçambique diz que "Dhlakama assume que mandou atacar acampamento da
FIR em Muxúnguè".
O ataque dos
antigos guerrilheiros da Renamo ao Posto Administrativo de Muxúnguè, província
de Sofala, centro de Moçambique, deu-se em retaliação à invasão, na semana
passada, da delegação da Renamo pela FIR, em que foram detidos vários membros
do partido.
PMA // MLL
Renamo discute na
sexta-feira situação político-militar com Governo de Moçambique
11 de Abril de
2013, 14:22
Maputo, 11 abr
(Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, vai manter
encontros na sexta-feira com os ministérios da Defesa e do Interior de
Moçambique para discutir o conflito político-militar, que já causou oito
mortos.
Em declarações à
Lusa, o deputado da Renamo Saimon Macuana, membro de uma delegação da maior
força política da oposição do país, que está a manter contactos com várias
entidades sobre a crise política em Moçambique.
"São encontros
preliminares com o Ministério da Defesa e do Interior com um ponto principal:
debates sobre a estabilidade do país", disse Saimon Macuana.
Hoje, a Resistência
Nacional Moçambicana (Renamo) reuniu-se com representantes do corpo diplomático
de países da União Europeia que consideraram o assunto "sério".
"Eles acham
que o assunto é sério e que se deve encontrar solução entre moçambicanos. Não
tinham uma resposta imediata mas apelaram para que se encontrasse uma solução
pacífica. Estão abertos a apoiar", disse, em declarações à Lusa, Saimon
Macuana.
Na semana passada,
elementos da Renamo atacaram um posto da polícia em Muxunguè, no centro do país
e nos confrontos morreram quatro polícias e um ex-comandante da Renamo.
No sábado, três
civis perderam a vida e um ficou ferido, num ataque a viaturas na mesma zona,
que o Governo atribuiu aos ex-guerrilheiros da Renamo, mas que o movimento
rejeita com o fundamento de que não atacará alvos civis.
Segundo Saimon
Macuana, a Renamo vai estabelecer contactos também com líderes religiosos,
sociedade civil e o Conselho Superior de Comunicação Social de Moçambique para
abordar o mesmo assunto.
Na quarta-feira, em
conferência de imprensa na Serra de Gorongosa, onde reside, o líder da Renamo,
Afonso Dhlakama, garantiu que Moçambique não vai voltar à guerra, mas ameaçou
retaliar caso o Governo ataque os antigos guerrilheiros do seu partido.
Afonso Dhlakama
assegurou ter trocado mensagens telefónicas com o Presidente moçambicano,
Armando Guebuza, sobre a situação político-militar em Moçambique.
MMT // VM
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