RTP - Lusa
Os Trabalhadores
Social Democratas (TSD) assumiram hoje que existem "fortes motivos"
para que os seus associados adiram à greve geral convocada pelas duas centrais
sindicais para dia 27 de junho, deixando à sua consideração a adesão ao
protesto.
Em comunicado
enviado após a reunião do Conselho Nacional, que decorreu em Lisboa, a
estrutura sindical autónoma do PSD refere que "encara com normalidade o
exercício do direito constitucional da greve".
"Os TSD
assumem que existem fortes motivos de insatisfação por parte dos trabalhadores
portugueses, nomeadamente ao nível da Administração Pública, e partilham,
também, das gravosas consequências que as políticas de austeridade ditadas pela
situação difícil em que Portugal se encontra têm causado aos trabalhadores do
nosso País", lê-se no comunicado.
Neste contexto,
"e sendo a greve um exercício de um direito individual deve, cada
trabalhador, ponderar, com serenidade e sem quaisquer pressões, a sua adesão ou
não".
Apesar de
reconhecerem que "os projetos e práticas sindicais da UGT e da CGTP são
manifestamente diferentes e que, nalguns domínios, se revelam mesmo
antagónicos", os TSD "expressam o desejo de que a greve geral agora anunciada
decorra num clima de tranquilidade e tolerância de modo a evitar cenários de
agitação e instabilidade que se têm vivido noutros países".
Os TSD consideram,
por fim, "que o período pós-greve deverá ser utilizado pelo Governo para
implementar as reformas indispensáveis para melhorar o desempenho económico do
país, para criar melhores condições para o diálogo institucional ao nível da
concertação social e melhorar as condições de vida dos portugueses".
A CGTP anunciou a
realização de uma greve geral na passada sexta-feira, 31 de maio. Na
segunda-feira, a UGT anunciou a convergência com a Intersindical e a
participação no protesto.
Esta é a décima
greve geral em Portugal desde o 25 de abril e a quarta envolvendo as duas
centrais sindicais.
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