terça-feira, 23 de julho de 2013

CGTP DESAFIA GOVERNO A APRESENTAR MOÇÃO DE CONFIANÇA AOS PORTUGUESES

 

Jornal i - Lusa
 
O secretário-geral da CGTP referiu que as alterações no Governo não vão mudar a situação do país, salientando que "vai ser mais do mesmo, mas para pior ainda"
 
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou hoje que o Governo é um "inimigo público" e desafiou a que apresentem a moção de confiança perante os portugueses e não na Assembleia da República.
 
"Independentemente das remodelações ou das eventuais moções de confiança, o Governo não tem a credibilidade e o apoio da maioria dos portugueses. Fazemos um desafio: se está assim tão empenhado em apresentar a moção de confiança, em vez de o fazer na Assembleia da República, que o faça perante o país, com a marcação de eleições antecipadas, para ver se os portugueses lhes dão uma moção de confiança ou de censura", disse em declarações à Lusa.
 
Arménio Carlos, que participou num protesto dos trabalhadores das autarquias do Barreiro e da Moita, no distrito de Setúbal, referiu que o Governo se tornou "um inimigo público" do país.
 
"O Governo tornou-se um inimigo público. Este Governo destruiu cerca de 500 mil postos de trabalho, colocou o país com 1,5 milhões de desempregados, levou ao encerramento de muitas empresas, acentuou as desigualdades e está a tentar destruir as funções sociais do estado", frisou.
 
O secretário-geral da CGTP referiu que as alterações no Governo não vão mudar a situação do país, salientando que "vai ser mais do mesmo, mas para pior ainda".
 
"É claro que este Governo, que colocou o país numa situação de desastre económico e social sem precedentes, não é um Governo, que mesmo recauchutado, vai encontrar outras políticas que não seja as que tem desenvolvido", defendeu.
 
O Conselho Nacional da CGTP-IN reúne-se hoje, em Lisboa, para analisar o atual quadro político, económico e social e decidir as iniciativas sindicais a desenvolver até setembro, com Arménio Carlos a afirmar que a luta não pode parar.
 
"É evidente que a decisão do Presidente da República vai ao arrepio da esmagadora maioria do povo português e criou uma necessidade do povo reagir. Os problemas não vão de férias e, por isso, temos que responder também neste período, dando sequência à nossa luta pelas mais diversas formas, com uma descentralização da nossa intervenção", concluiu.
 

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