sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CONFLITOS NO SUL DA TAILÂNDIA PROVOCARAM 6 MIL MORTES EM DEZ ANOS

 

03 de Janeiro de 2014, 22:18
 
Cerca de 6 mil pessoas morreram devido à violência na conflituosa região sul da Tailândia, quando se completam dez anos da intensificação da insurgência muçulmana, informaram esta sexta-feira fontes militares do país asiático.
 
No total, 5.926 pessoas morreram em atentados e ataques nas províncias de Pattani, Yala e Narathiwat, assim como em quatro distritos da província de Songkhla entre 4 de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2013.
 
Destes, 3.461 eram muçulmanos, e 2.431 budistas, segundo dados do Comando de Operações de Segurança Interna reproduzidos pelo jornal Bangcoc Post.
 
Outras 10.593 pessoas ficaram feridas desde que a violência se agravou por causa do ataque de militantes muçulmanos a um arsenal militar em Narathiwat que amanhã completa o décimo aniversário.
 
Os atentados com armas ligeiras, assassínios e atentados com explosivos repetem-se quase diariamente nesta região de maioria muçulmana e etnia malaia, apesar da actuação de 40 mil soldados das forças de segurança e da vigência do estado de excepção.
 
Também não conseguiu cessar a violência o diálogo iniciado em Fevereiro entre o governo tailandês e o Barisan Revolusi Nasional (Frente Nacional Revolucionária, em malaio), um dos grupos que liderou a rebelião muçulmana no final dos anos 60.
 
As negociações foram suspensas em Agosto devido à falta de acordo sobre as exigências da organização muçulmana que pedia a mediação da Malásia e a libertação de todos os presos.
 
Os insurgentes denunciam a discriminação sofrida por parte da maioria budista do país e exigem a criação de um Estado islâmico que integre as três províncias, que configuraram o antigo sultanato de Pattani, anexado pela Tailândia há um século.
 
Sapo TL com Diário Digital
 

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