O Presidente
são-tomense, Manuel Pinto da Costa, defendeu hoje ser possível fazer de São
Tomé e Príncipe um "país modelo" na sua região e "renovar a
esperança" de ter um país diferente.
"Somos capazes
de conseguir fazer do século XXI o século da afirmação de São Tomé e Príncipe
como país modelo da sua região em África", disse Pinto da Costa no final
do debate Diálogo Nacional, promovido pela Presidência e no qual foram
aprovadas mais de uma centena de recomendações.
Para o estadista
são-tomense, que dirigiu pessoalmente os trabalhos durante seis dias, "é
preciso encontrar, apesar das diferenças, os consensos necessários para a tão
reclamada mudança, para fazer o país avançar rumo ao progresso e assim vencer,
no mais curto espaço de tempo, o seu grande desígnio, que é o combate a
pobreza".
O governante afirmou
ser também possível "renovar a esperança num país diferente, na
reconciliação da família santomense e num futuro de união, de paz, tolerância e
liberdade, democracia, progresso e desenvolvimento".
"Este é, sem
dúvida, um objetivo ambicioso mas que está ao nosso alcance, pois, se vencemos
a escravatura e vencemos o colonialismo, saberemos mais uma vez vencer com
realismo esse desafio", acrescentou.
Manuel Pinto da
Costa disse que o país já "deu um passo exemplar" rumo à mudança e ao
combate à pobreza, num "exemplo de cidadania", mas sublinhou que é
preciso agora "trabalhar muito e arduamente para concretizar o sonho de
mudar" efetivamente São Tomé e Príncipe.
"A forma como
decorreu esse trabalho permite-me retirar uma conclusão simples: o Diálogo
Nacional veio para ficar e, estou certo, constituirá um valioso instrumento
estratégico ao serviço da grande coligação de vontades, tão necessária ao
desenvolvimento de São Tomé e Príncipe", declarou.
O Diálogo Nacional,
que se prologou durante seis dias e teve como temas principais o reforço da
democracia, a promoção do desenvolvimento económico, social e cultural e a
moralização da sociedade, aprovou mais de uma centena de recomendações cuja
forma de aplicação var ser discutida por uma comissão criada para o efeito.
Entre as
recomendações mais importantes figura a possibilidade de atribuição de
cidadania são-tomense aos cabo-verdianos, angolanos e moçambicanos que
trabalham e residem em São Tomé e Príncipe há mais de 40 anos.
A necessidade de
reposição da autoridade do Estado é referida também como "uma causa
nacional", incluindo ainda as recomendações a reforma da justiça e da
administração pública e a limitação de mandatos dos deputados e dos presidentes
das câmaras municipais e do presidente do governo regional.
Fradique de
Menezes, antigo Presidente da República, participou neste último dia de
trabalhos.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
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