Uma associação de
camponeses na Guiné-Bissau lançou hoje uma marca de produtos agrícolas e
florestais intitulada "Sabores da Tabanca", criada com apoio
financeiro da União Europeia (UE), anunciou a delegação da UE em Bissau.
O projeto nasceu
com a construção de 30 unidades de transformação agroalimentar nas tabancas
(aldeias) da Região de Oio, no centro da Guiné-Bissau, e geridas pelas mulheres
camponesas.
A castanha de caju,
sumo de caju, manga fresca e também transformada em compota, são alguns dos
exemplos de produtos escoados através de um canal de distribuição que chega a
Bissau e hoje apresentados em Djalicunda.
Espera-se que a
transformação agroalimentar tenha grande impacto na região, porque
"permite reduzir as perdas dos produtos agrícolas e florestais",
evitando problemas periódicos de escassez de alimentos, e "favorece a
criação de empregos", destaca a UE em comunicado.
O objetivo do
projeto é ambicioso: envolver 600 camponeses de 30 tabancas da região, criar
cerca de 180 empregos para mulheres e jovens e garantir o funcionamento efetivo
de um centro de experimentação e controlo de qualidade.
Num país em que a
agricultura ainda funciona de forma rudimentar e sobretudo para subsistência
das comunidades, a UE pretende promover a mecanização do transporte das
produções agrícolas e abrir novos circuitos comerciais.
O projeto
intitulado "Melhoria da Segurança Alimentar, Promoção Económica das
Fileiras Agrícolas e Florestais", tem três anos de duração e um
financiamento a rondar 633 mil euros, cofinanciado a 89% pela UE e a 11% pelos
parceiros de implementação - Federação Camponesa KAFO Djalicunda, Agência
Francesa de Desenvolvimento e Comité Francês para a Solidariedade Internacional.
Lusa, Notícias ao Minuto
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