terça-feira, 1 de abril de 2014

Angola: BOAS LEMBRANÇAS



Jornal de Angola - editorial

O mês de Abril lembra aos angolanos a sua maior conquista desde o dia 11 de Novembro de 1975, o alcance da paz.

Em Abril de 2002, os angolanos foram capazes de arquitectar uma paz que dá frutos todos os dias. Este é o mês da verdade e da reconciliação. Há 12 anos foi possível calar as armas da agressão. Mas o alcance da paz custou milhares de vidas, suor, sangue e a destruição de numerosas infra-estruturas.

Nestes 12 anos de paz a tarefa mais árdua foi a reconstrução e reabilitação de infra-estruturas e o trabalho de garantir às populações o regresso seguro às suas zonas de origem. Apesar do grande esforço feito, as grandes cidades ainda continuam com milhões de deslocados.

O Presidente José Eduardo dos Santos soube, de forma ímpar e inteligente, promover um clima de fraternidade com o processo de reconciliação e um ambiente de esperança com a agenda da reconstrução e desenvolvimento. Os números e realizações em tão curto espaço de tempo demonstram claramente que Angola está no bom caminho. Com a paz e a estabilidade sucedem-se as grandes vitórias no domínio económico e social. Abril é tempo de celebrações e boas lembranças.

A paz foi um marco importante na normalização da vida das famílias e das comunidades. Os angolanos têm confiança no futuro confiança porque sabem que a sociedade em que vivemos caminha a passos largos para a felicidade e o bem-estar de todos.

O fim da guerra significou, para todos os angolanos, não apenas o fim do sofrimento mas sobretudo o início de um novo ciclo para o país, para as famílias, para as empresas e para cada angolano individualmente.

Com a paz começou um novo período, caracterizado pelo reencontro familiar, pela reconciliação nacional entre angolanos antes desavindos, pela reconstrução e reabilitação das infra-estruturas, a desminagem e outras realizações. Estamos num processo que irreversivelmente nos leva, a cada dia que passa, a melhorar a condição de vida de cada família em todo o país. As reformas levadas a cabo nestes 12 anos, proporcionam o ambiente ideal para as actividades económicas. Hoje Angola é um dos principais destinos para o investimento em África.

A luta para que a água e a luz cheguem a cada agregado familiar conhece importantes avanços em todas as províncias, embora não faltem diariamente obstáculos para superar. O aumento da oferta dos serviços sociais básicos e o incremento dos investimentos públicos desempenham um papel estruturante na melhoria de vidas as populações. 

Com a chegada da paz conquistámos a estabilidade política e entrámos na normalidade constitucional, que contribuiu para reforçar a democracia.

Numa altura em que Angola vive em paz e estabilidade tornou-se vital o resgate de valores na mobilização da sociedade para os grandes desafios.

Os valores cívicos, patrióticos e morais devem fazer parte do dia-a-dia de cada angolano, para que Angola seja um bom lugar para se viver.

A Educação atingiu um nível elevado com a construção de escolas de todos os níveis e a formação de professores. O grande desafio agora é integrar todas as crianças no sistema de ensino. A luta pela erradicação do analfabetismo e a promoção da paridade entre homens e mulheres na sociedade tem sido uma realidade.

Os níveis são bons relativamente à erradicação do analfabetismo em Angola. As campanhas de alfabetização, que conhecem ampla adesão por parte das populações, tornaram-se instrumentos privilegiados para eliminar a pobreza, a exclusão e a estigmatização.

Entre os desafios que prevalecem constam a necessidade vital de preservar as conquistas já alcançadas e que não são poucas. O curso da vida dos angolanos deve ter como foco a preservação da paz e estabilidade, a manutenção do que foi conseguido e a correcção do que eventualmente esteja mal. Com estes pressupostos, que não excluem quaisquer outros de utilidade vital a prática para os angolanos, temos a certeza de que os próximos anos vão ser ainda melhores. Os 12 anos de paz representam para os angolanos um mundo novo que se abriu, depois do calar das armas. Depois a morte e da destruição veio a esperança e a solidariedade. A paz pôs fim ao medo e ao ódio. Hoje todos circulamos pelas novas estradas do país, sem problemas. A livre circulação de pessoas e bens foi uma das maiores conquistas da paz. Mas todas foram importantes.

Os angolanos, há 12 anos, viviam mergulhados na dor e no luto. O cenário das nossas vidas era a destruição. Hoje temos mesmo um país novo onde, apesar das dificuldades, somos livres e podemos decidir sobre os nossos destinos.  Valeu a pena lutar pela paz. Foi importante apostar sem vacilar na reconciliação nacional. Foi sábia a decisão de lançar o movimento de reconstrução nacional. Hoje estamos melhor que ontem e amanhã vamos viver ainda melhor. A paz deu-nos a democracia plena.

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