terça-feira, 1 de abril de 2014

Obiang: Líder da Guiné Equatorial estranha críticas a intervenção no Instituto Cervantes




O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, manifestou-se hoje surprendido com as críticas a uma intervenção sua no Instituto Cervantes de Bruxelas, sublinhando que o castelhano é língua oficial do país candidato à comunidade lusófona.

“Surpreende-nos a atitude de alguns nostálgicos que condenam este encontro por razões que nada têm que ver com o desenvolvimento da língua espanhola na Guiné Equatotial”, disse Obiang, na sua intervenção.

A presença de Obiang Nguema na delegação de Bruxelas do instituto público que divulga a língua e cultura espanholas foi alvo de críticas em Espanha, tanto por parte de responsáveis políticos quanto pela sociedade civil.

O chefe de Estado da Guiné Equatorial lembrou ainda que o seu país é o único no continente africano que tem o castelhano como língua oficial.

Em fevereiro, durante um encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), decorrido em Maputo, foi aprovada uma deliberação que recomenda a adesão plena da Guiné Equatorial, mas a decisão final só poderá ser tomada na próxima cimeira de chefes de Estado e Governo da comunidade lusófona, agendada para julho, em Díli.

Obiang – que está em Bruxelas para participar, na quarta e quinta-feira, na IV Cimeira UE/África – centrou o seu discurso no valor que o seu país dá ao espanhol como língua oficial, como meio de comunicação entre as diferentes etnias e ainda para as relações internacionais do Estado.

A Guiné Equatorial, ex-colónia espanhola e um dos maiores produtores de petróleo de África, é liderada desde 1979 por Teodoro Obiang Nguema e é alvo de críticas por parte de organizações internacionais por violações dos direitos humanos.

IG/ (VM) // APN - Lusa

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