O Presidente da
Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, manifestou-se hoje surprendido com as
críticas a uma intervenção sua no Instituto Cervantes de Bruxelas, sublinhando
que o castelhano é língua oficial do país candidato à comunidade lusófona.
“Surpreende-nos a
atitude de alguns nostálgicos que condenam este encontro por razões que nada
têm que ver com o desenvolvimento da língua espanhola na Guiné Equatotial”,
disse Obiang, na sua intervenção.
A presença de
Obiang Nguema na delegação de Bruxelas do instituto público que divulga a
língua e cultura espanholas foi alvo de críticas em Espanha, tanto por parte de
responsáveis políticos quanto pela sociedade civil.
O chefe de Estado
da Guiné Equatorial lembrou ainda que o seu país é o único no continente
africano que tem o castelhano como língua oficial.
Em fevereiro,
durante um encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP), decorrido em Maputo, foi aprovada uma
deliberação que recomenda a adesão plena da Guiné Equatorial, mas a decisão
final só poderá ser tomada na próxima cimeira de chefes de Estado e Governo da
comunidade lusófona, agendada para julho, em Díli.
Obiang – que está
em Bruxelas para participar, na quarta e quinta-feira, na IV Cimeira UE/África
– centrou o seu discurso no valor que o seu país dá ao espanhol como língua
oficial, como meio de comunicação entre as diferentes etnias e ainda para as
relações internacionais do Estado.
A Guiné Equatorial,
ex-colónia espanhola e um dos maiores produtores de petróleo de África, é
liderada desde 1979 por Teodoro Obiang Nguema e é alvo de críticas por parte de
organizações internacionais por violações dos direitos humanos.
IG/ (VM) // APN - Lusa
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