quinta-feira, 3 de abril de 2014

Timor-Leste: ECONOMIA NÃO-PETROLÍFERA VAI CONTINUAR A CRESCER EM 2014/15




A economia não-petrolífera de Timor-Leste vai continuar em forte crescimento em 2014 e 2015, conduzida pelos gastos do Governo e pelo desenvolvimento do setor privado, referiu ontem o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), em comunicado.

Segundo o ADB, que cita o relatório sobre desenvolvimento asiático em 2014, nos próximos dois anos o Produto Interno Bruto (PIB) deve rondar os 8,5 por cento, o que representa uma pequena subida em relação aos 8 por cento registados em 2013.

"O grande desafio dos fazedores de políticas é transformar o petróleo em trabalho e serviços que produzam um crescimento sustentável e inclusivo", afirma, no comunicado, Shane Rosenthal, diretor do ADB em Timor-Leste.

Para o mesmo responsável, "isso implica um investimento a longo prazo no setor da educação, capacitação e infraestruturas, nomeadamente em estradas, fornecimento de água potável e eletrificação, sendo o ADB um parceiro empenhado naqueles investimentos".

Embora o Orçamento do Estado de 2013 tenha aumentado o capital público de investimento para 800 milhões de dólares, apenas 43 por cento daqueles fundos foram utilizados, refere o ADB.

O Orçamento do Estado para 2014 eleva 38 por cento a despesa corrente e aumenta em 47 por cento o capital de investimento do Governo, mas porque a execução orçamental é baixa o efeito da despesa do executivo no crescimento e na inflação é difícil de calcular.

Além do crescimento provocado pela despesa pública, o aumento de 13,6 por cento do crédito ao setor privado e o investimento direto estrangeiro apoiaram o crescimento daquele setor.

Segundo as estatísticas, o crescimento do setor privado está concentrado na venda a retalho, venda por grosso, transportes e comunicações, refere o ADB, salientando que o mercado financeiro continua subdesenvolvido em relação à concessão de crédito ao setor privado.

O Banco Asiático de Desenvolvimento refere também que a inflação foi mais moderada em 2013 devido à uma diminuição da despesa pública, à apreciação do dólar face aos principais parceiros comerciais do país e à diminuição dos preços internacionais dos alimentos.

A inflação em 2013 foi de 9,5 por cento contra os 10,9 por cento registados em 2012.

Lusa, Em Sapo TL 

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