Os últimos 15
polícias acusados de participação no massacre da prisão do Carandiru foram
condenados na noite de quarta-feira (madrugada de hoje em Lisboa) a 48 anos de
prisão.
Os réus foram
processados pela participação na operação ao complexo penitenciário do
Carandiru, em 1992, que tinha como objetivo conter uma rebelião e acabou com a
morte de 111 reclusos.
Outros 58 agentes
policiais já tinham sido condenados pelo caso, que foi dividido em quatro
julgamentos devido à grande quantidade de réus e de vítimas. Todos podem
recorrer em liberdade, já que as condenações ocorreram na primeira instância.
A presidente
brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que o julgamento representa "uma
vitória contra a impunidade" e relembrou que já se passaram 21 anos desde
o massacre na sua conta na rede social Twitter.
O responsável pela
operação policial, o coronel da polícia Ubiratan Guimarães, foi julgado em 2001
e condenado a 632 anos de prisão mas foi absolvido cinco anos depois num
tribunal de segunda instância, tendo morrido poucos meses depois.
O complexo do
Carandiru era na época a maior prisão do Brasil, com cerca de oito mil presos,
e considerada por organizações de direitos humanos como a maior prova do caos
do sistema penitenciário brasileiro.
A prisão foi
encerrada em 2002 e convertida num parque público.
FYB // APN – Lusa –
foto Sebastião Moreira-EFE
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