quinta-feira, 3 de abril de 2014

Brasil: Últimos polícias julgados por massacre do Carandiru condenados em São Paulo




Os últimos 15 polícias acusados de participação no massacre da prisão do Carandiru foram condenados na noite de quarta-feira (madrugada de hoje em Lisboa) a 48 anos de prisão.
Os réus foram processados pela participação na operação ao complexo penitenciário do Carandiru, em 1992, que tinha como objetivo conter uma rebelião e acabou com a morte de 111 reclusos.

Outros 58 agentes policiais já tinham sido condenados pelo caso, que foi dividido em quatro julgamentos devido à grande quantidade de réus e de vítimas. Todos podem recorrer em liberdade, já que as condenações ocorreram na primeira instância.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que o julgamento representa "uma vitória contra a impunidade" e relembrou que já se passaram 21 anos desde o massacre na sua conta na rede social Twitter.

O responsável pela operação policial, o coronel da polícia Ubiratan Guimarães, foi julgado em 2001 e condenado a 632 anos de prisão mas foi absolvido cinco anos depois num tribunal de segunda instância, tendo morrido poucos meses depois.

O complexo do Carandiru era na época a maior prisão do Brasil, com cerca de oito mil presos, e considerada por organizações de direitos humanos como a maior prova do caos do sistema penitenciário brasileiro.

A prisão foi encerrada em 2002 e convertida num parque público.

FYB // APN – Lusa – foto Sebastião Moreira-EFE

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