Cidade
da Praia, 26 mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano
afirmou hoje, na Cidade da Praia, que a adesão da Guiné Equatorial à Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), prevista para julho em Díli, vai
"engrandecer" a organização.
Oldemiro
Balói, que falava aos jornalistas no final de um encontro de trabalho com o seu
homólogo cabo-verdiano, Jorge Borges, considerou que a Guiné Equatorial tem
feito "um esforço notável" e "suficientemente
significativo" para cumprir os valores e objetivos da CPLP.
"É
um passo que há-de engrandecer a CPLP e, se aliarmos a isso o facto de já haver
alguns países que pretendem ter o estatuto de observador, mostra que a nossa
organização é melhor que do que nós próprios pensamos", sublinhou o também
presidente do Conselho de Ministros dos "oito" estados membros da
organização.
Segundo
Oldemiro Balói, que iniciou hoje uma visita oficial de três dias a Cabo Verde,
as adesões "têm sempre regras".
"Por
isso é que a Guiné Equatorial andou aí alguns anos a realizar ações, a abrir-se
mais em termos democráticos, a atender a questões de direitos humanos, como a
recente moratória em relação à pena de morte, a criar instituições e a formar
gente, sempre sob monitoria da CPLP", assegurou.
"Considera-se
que o esforço é suficientemente significativo para que a Guiné Equatorial possa
aderir, pois fez um esforço notável. A adesão não é um fim em si, é fazer parte
de um grupo relevante, como a CPLP, e dentro desse grupo, procurar superar-se,
que é o que todos nós temos tentado fazer. Nenhum país da CPLP pode reclamar um
estatuto de perfeição ou de quase perfeição", sustentou.
Oldemiro
Balói lembrou que nenhum dos "oito" tem agora uma posição individual,
uma vez que o próprio Conselho de Ministros da organização, na reunião de
fevereiro em Maputo, aprovou uma recomendação para a adesão da Guiné
Equatorial, que será analisada na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo a
realizar em julho próximo na capital timorense.
Jorge
Borges, por seu lado, não prestou declarações aos jornalistas.
JSD
// EL – Lusa
Na
foto: Obiang, sanguinário ditador que mantém os poderes e controlo do país. (PG)
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