Lisboa,
26 mai (Lusa) - O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Murargy, disse hoje que a nova visão
estratégica, que será apresentada na cimeira de Díli, terá como principal
vertente a economia e as empresas.
"A
vertente económica e empresarial será a principal vertente da nova visão
estratégica até 2025, que será apresentada na Cimeira de Díli, em julho",
disse Murargy numa apresentação, em Lisboa, do 1.º Encontro de Bancos,
Seguradoras e Instituições Financeiras da CPLP, que decorrerá na próxima semana
na capital portuguesa.
O
secretário-executivo acrescentou que "a criação de um ambiente de negócios
favorável para os empresários" será um aspeto fundamental da atuação
estratégica da CPLP, e que a economia será um dos principais pilares
agregadores da comunidade que junta os países de língua portuguesa.
No
encontro, foi anunciada, além de outras entidades financeiras de supervisão e
dos dirigentes da CPLP, a presença no encontro do primeiro-ministro português e
do ministro das Finanças de Moçambique, que detém a presidência rotativa da
CPLP, no encontro da próxima semana, que tem como principais objetivo o
lançamento das bases para um envolvimento da comunidade financeira nestes
países.
Os
objetivos do encontro são "promover o financiamento às economias e ao
desenvolvimento, concretizar a livre circulação de pessoas, bens, serviços e
transferências de capitais, melhorar os procedimentos para a criação de
empresas, criar mecanismos de mediação de conflitos, implementar a diplomacia
económica, criar a comissão instaladora da União de Bancos, Seguradoras e
Instituições Financeiras dos Países da CPLP e criar a comissão especializada da
Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP)" nesta área.
"O
grande objetivo é transmitir ao poder político as ambições dos empresários,
para depois haver uma coordenação com a parte política e ver como se pode, de
forma pragmática, dar corpo aos pedidos, tendo em conta as responsabilidades de
cada Estado", disse o presidente da CE-CPLP, o moçambicano Salimo Abdula.
Questionado
pelos jornalistas sobre os principais entraves à concretização de um espaço
económico comum entre os oito países da CPLP, nomeadamente a descontinuidade
territorial e as obrigações legais de cada país face à região em que está
inserido, Salimo Abdula respondeu que "a descontinuidade geográfica é uma
mais-valia face à economia global".
O
responsável acrescentou que "quando há sustentabilidade económica não
existem barreiras inultrapassáveis", salientando a importância do mercado
lusófono "como sustentação do crescimento das empresas".
MBA
// VM - Lusa
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