segunda-feira, 26 de maio de 2014

Nova visão estratégica da CPLP privilegia vertente económica e empresarial




Lisboa, 26 mai (Lusa) - O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Murargy, disse hoje que a nova visão estratégica, que será apresentada na cimeira de Díli, terá como principal vertente a economia e as empresas.

"A vertente económica e empresarial será a principal vertente da nova visão estratégica até 2025, que será apresentada na Cimeira de Díli, em julho", disse Murargy numa apresentação, em Lisboa, do 1.º Encontro de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras da CPLP, que decorrerá na próxima semana na capital portuguesa.

O secretário-executivo acrescentou que "a criação de um ambiente de negócios favorável para os empresários" será um aspeto fundamental da atuação estratégica da CPLP, e que a economia será um dos principais pilares agregadores da comunidade que junta os países de língua portuguesa.

No encontro, foi anunciada, além de outras entidades financeiras de supervisão e dos dirigentes da CPLP, a presença no encontro do primeiro-ministro português e do ministro das Finanças de Moçambique, que detém a presidência rotativa da CPLP, no encontro da próxima semana, que tem como principais objetivo o lançamento das bases para um envolvimento da comunidade financeira nestes países.

Os objetivos do encontro são "promover o financiamento às economias e ao desenvolvimento, concretizar a livre circulação de pessoas, bens, serviços e transferências de capitais, melhorar os procedimentos para a criação de empresas, criar mecanismos de mediação de conflitos, implementar a diplomacia económica, criar a comissão instaladora da União de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras dos Países da CPLP e criar a comissão especializada da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP)" nesta área.

"O grande objetivo é transmitir ao poder político as ambições dos empresários, para depois haver uma coordenação com a parte política e ver como se pode, de forma pragmática, dar corpo aos pedidos, tendo em conta as responsabilidades de cada Estado", disse o presidente da CE-CPLP, o moçambicano Salimo Abdula.

Questionado pelos jornalistas sobre os principais entraves à concretização de um espaço económico comum entre os oito países da CPLP, nomeadamente a descontinuidade territorial e as obrigações legais de cada país face à região em que está inserido, Salimo Abdula respondeu que "a descontinuidade geográfica é uma mais-valia face à economia global".

O responsável acrescentou que "quando há sustentabilidade económica não existem barreiras inultrapassáveis", salientando a importância do mercado lusófono "como sustentação do crescimento das empresas".

MBA // VM - Lusa

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