A Assembleia da
República rejeitou esta sexta-feira a moção de censura ao Governo PSD/CDS-PP
apresentada pelo PCP, com os votos contra da maioria que apoia o executivo e os
votos favoráveis do PS, BE e PEV.
A moção de censura,
a sexta que o atual executivo enfrentou desde que iniciou funções, em junho de
2011, foi rejeitada sem abstenções.
O texto foi
rejeitado com os votos contra de 101 deputados do PSD, incluindo o da
presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e de 22 deputados do
CDS-PP.
Na bancada do PS,
votaram a favor os 65 deputados presentes - faltaram nove deputados, entre os
quais Francisco Assis, que se ausentou imediatamente antes da votação.
Os oito deputados
do BE, os dois deputados do PEV e os 14 deputados do PCP votaram a favor.
Nas bancadas da
maioria registaram-se as ausências de sete deputados do PSD e de dois deputados
do CDS-PP.
Intitulada
"Travar a política de exploração e empobrecimento - Construir uma política
patriótica e de esquerda", a apresentação da moção de censura foi
anunciada no domingo, pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, na
sequência do resultado das eleições europeias.
PS
"afastado" do centro político
O
vice-primeiro-ministro considerou que o PS se afasta do centro político ao votar
favoravelmente uma moção de censura ao Governo do PCP que propõe
"objetivamente a saída do euro" e "uma espécie de
neo-PREC".
No encerramento do
debate da moção de censura do PCP, na Assembleia da República, Paulo Portas
alegou que os comunistas recorreram a este instrumento constitucional para
"enredar o PS" e tiveram sucesso.
"Fica deste
debate, certamente, a coesão da maioria, a coerência no erro do PCP e a
hesitação inexplicável do maior partido da oposição. Digamos que foi um
contributo do PS para se afastar do centro político. Não me parece que alguém
lhes agradeça, muito menos o PCP", afirmou o vice-primeiro-ministro e
presidente do CDS-PP.
Jornal de Notícias
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