O
dirigente socialista Nuno Sá acusou hoje um grupo de deputados do PS que
contesta o voto a favor na moção de censura do PCP de seguir um guião "de
baixo nível" contra António José Seguro.
Nuno
Sá, deputado eleito pelo círculo de Braga e considerado próximo da direção do
partido, falava à agência Lusa em reação à posição do deputado e ex-ministro
socialista Jorge Lacão, que contesta a possibilidade de o PS, na sexta-feira,
votar a favor da moção de censura apresentada pelo PCP ao Governo.
"Os
socialistas e os portugueses percebem o que está em causa. O que se passou
hoje [na reunião do Grupo Parlamentar] foi mais um folhetim do guião de baixo
nível para atacar o secretário-geral do PS [António José Seguro]. Esse foi o
único objetivo do folhetim que hoje foi concretizado", acusou o
coordenador da bancada socialista para as questões laborais.
De
acordo com o deputado do PS, a contestação que hoje surgiu na reunião da manhã
da bancada socialista traduziu-se, na prática, em "jogadas baixas de pura
afronta ao líder do partido".
Nuno
Sá apontou também contradições políticas na atuação do grupo socialista que
hoje defendeu a abstenção perante a moção de censura do PCP ao Governo.
"Como
é que alguns daqueles que em várias reuniões se queixaram de falta de censura
ao Governo são hoje os primeiros a não querer censurar o Governo? Como se
percebe esta falta de verticalidade nas posições políticas?", questionou o
deputado socialista eleito por Braga.
Ainda
de acordo com Nuno Sá, o setor do PS que tem "reclamado uma oposição firme
e de linha dura do contra parecem ser agora os que defendem uma abstenção
violenta".
"No
momento em que se vai fazer uma censura política ao Governo, após os
portugueses terem expressado uma censura forte nas urnas, alguns parece que
ficam agora titubeantes. Como é que isto se percebe? Era bom que isso fosse
explicado", acrescentou o dirigente socialista.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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