Banguecoque,
03 jul (Lusa) -- O crescimento do consumo de produtos de marfim na Tailândia
fez aumentar o abate de elefantes na África com o objetivo de abastecer o
mercado asiático, denunciaram hoje várias organizações de defesa dos animais.
De
acordo com os números fornecidos pelo grupo ecologista Traffic, o número de
produtos de marfim à venda em Banguecoque em janeiro de 2013 era de 5.865, já
em maio deste ano este número quase triplicou, alcançando 14.512 bens.
O
número de lojas que vendem este material na capital tailandesa também aumentou
no mesmo período de 62 a
105 estabelecimentos, assegura a organização.
A
Tailândia tem uma legislação que permite a venda de produtos fabricados com
marfim, sempre que a matéria-prima seja de elefantes locais.
No
entanto, as organizações internacionais aproveitam-se das lacunas legais para
introduzir marfim africano no mercado tailandês e, a partir daí, distribuir
para outros mercados asiáticos, em especial, na China e Vietname.
"Os
esforços da Tailândia para regular o mercado local de marfim falharam. O
mercado nacional de marfim continua fora de controlo e agrava a crise atual e a
caça furtiva dos elefantes africanos", disse Naomi Doak, coordenadora da
Traffic para a área do grande Mekong.
A
Traffic estima que mais de 80% do marfim vendido em Banguecoque procede do
exterior do país.
Pelo
menos 2.000 elefantes africanos foram abatidos em 2013 para satisfazer a
crescente demanda do mercado asiático em produtos de marfim.
A
Traffic e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) pedem que o Governo da
Tailândia suspenda o mercado doméstico de marfim até que as autoridades
consigam "aplicar as leis" contra o contrabando internacional.
CSR
// PJA - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário