terça-feira, 1 de julho de 2014

Moçambique: Candidato da Frelimo às presidenciais promete erradicar belicismo e pobreza




O candidato da Frelimo, partido no poder em Moçambique, às presidênciais de 15 de outubro, Filipe Nyusi, prometeu hoje em Chimoio, Manica, centro do pais, erradicar em simultâneo e de forma "inalterável" o belicismo e a pobreza.

Nyusi - que significa Abelha na língua local (Chiuté) -, prontificou-se a "produzir mel" para "dar sabor" à vida dos moçambicanos, e desafiou a população a ser unida e patriótica nas iniciativas para acabar com a fome e a guerra.

"O partido Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique] escolheu uma Abelha fabricante de mel, para fazer mel e dar ao povo", disse Filipe Nyusi, de forma divertida em alusão à sua escolha, durante um comício em Chimoio, capital de Manica, no âmbito da sua apresentação pública e pré-campanha eleitoral.

Para acabar com a guerra, que embaraça o desenvolvimento, defendeu Filipe Nyusi, "é essencial a paz", que "transcenda o calar das armas", para criar um ambiente de tolerância e diálogo entre os moçambicanos.

"Paz é aceitar a razão dos outros, deitar fora as facas e catanas, não matar o vizinho rico, mas mais que tudo calar as armas", precisou Filipe Nyusi, que se comprometeu a "trocar e a acolher ideias exequíveis da oposição" para unificar o país.

Filipe Nyusi era ministro da Defesa Nacional antes da escolha para candidato presidencial da Frelimo, e tutelava as forças armadas quando ordenou o ataque a Sadjundjira (Gorongosa), em outubro do ano passado, que desalojou Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição em Moçambique, com quem vai disputar às presidenciais.

Desde então, a região centro do país vive um conflito militar entre as duas partes, que se intensificou no último mês.

Além da cessação do conflito, Filipe Nyusi garantiu que vai transformar os milhares de hectares de terras aráveis inexplorados de Manica em campos para a agricultura comercial, que possam gerar empregos e indústrias de processamento da produção local, para alimentar o pais e exportar excedentes.

Lusa, Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana