O
comandante geral da Polícia Nacional de Angola disse hoje à Lusa que aquela
força está "atenta" e a trocar informações com as autoridades
policiais portuguesas sobre situações suspeitas de tráfico de seres humanos
envolvendo os dois países.
O
último caso conhecido aconteceu a 08 de maio, quando o Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras (SEF) procedeu à detenção de um suspeito de tráfico de três
menores, com idades compreendidas entre os 04 e os 13 anos, no aeroporto Sá
Carneiro, no Porto.
A
detenção ocorreu no âmbito do controlo de fronteira realizado à chegada dos
passageiros de um voo proveniente de Luanda, Angola.
Neste
caso, de acordo com o comandante geral da Polícia Nacional de Angola, Ambrósio
de Lemos, Portugal "transmitiu informações" àquela força, até porque o
caso envolveu um cidadão angolano - em prisão preventiva - e a
"falsificação de passaportes".
"Esta
última (informação), de Portugal, estamos atentos, estamos a seguir. É mais uma
tipicidade criminal que se juntou às outras que nós temos. Como se está internacionalizar,
é necessário que Angola esteja atenta porque não está isenta desta
criminalidade", reconheceu à Lusa o comandante da polícia angolana.
A
troca de informação com a polícia portuguesa, e outras forças estrangeiras, é
classificada por Ambrósio dos Santos como uma "necessidade muito
premente", de forma a combater alegadas redes de tráfico de seres humanos
que passam ou operam no país.
O
oficial admitiu ainda a existência de "indícios" de outros casos
suspeitos, nomeadamente de menores, mas sem adiantar mais pormenores.
As
autoridades policiais suspeitam sobretudo de grupos que operam entre a
República Democrática do Congo e o centro da Europa, via Angola e Portugal.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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