Macau,
China, 11 ago (Lusa) - O secretário para os Transportes e Obras Públicas do
governo de Macau manifestou-se hoje preocupado com os efeitos de uma bolha
imobiliária na estabilidade financeira da Região Administrativa Especial
chinesa.
"Temos
definido várias medidas, como a restrição de empréstimos bancários, para evitar
empréstimos excessivos e fazer face a um eventual rebentamento da bolha que
pode afetar o mercado financeiro", disse hoje Lau Si Io, durante uma
sessão de interpelações dos deputados na Assembleia Legislativa.
O
aumento dos preços no setor imobiliário já levou o governo de Macau a admitir a
possibilidade de existência de uma bolha e a manifestar-se preocupado com as
suas consequências.
"O
mais importante é manter a segurança do nosso mercado financeiro. Se a bolha
imobiliária rebentar irá ter um grande impacto na nossa economia",
sublinhou o dirigente.
Apesar
de a habitação ter dominado o plenário - cinco das sete perguntas endereçadas
por deputados foram sobre o tema - o governo não adiantou nenhuma nova medida
para responder aquela que é uma das maiores preocupações da população.
Lau
Si Io reiterou que os novos aterros urbanos vão ser maioritariamente destinados
à construção de habitação pública, mas não garantiu que essas reservas sejam
suficientes para as necessidades futuras.
"Nesta
fase, o essencial é haver recursos de solo suficientes. Agora, se a reserva é
suficiente ou não, depende do 'timing'. Há situações imprevistas sobre a
entrada de pessoas em Macau para trabalharem", disse.
Quanto
à possibilidade de terrenos não aproveitados reverterem para a administração, o
secretário para os Transportes e Obras Públicas não quis, adiantar dados.
"Não posso acrescentar porque estamos em procedimentos legais",
disse.
No
mês passado, o governo anunciou um ajustamento ao plano para o aterro urbano da
zona A, aumentando o número de frações autónomas previstas de 18.000 para
32.000 - destas, 28.000 serão habitações públicas.
ISG
// JMR - Lusa
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