terça-feira, 12 de agosto de 2014

Governo de Macau preocupado com consequências de uma bolha no setor imobiliário




Macau, China, 11 ago (Lusa) - O secretário para os Transportes e Obras Públicas do governo de Macau manifestou-se hoje preocupado com os efeitos de uma bolha imobiliária na estabilidade financeira da Região Administrativa Especial chinesa.

"Temos definido várias medidas, como a restrição de empréstimos bancários, para evitar empréstimos excessivos e fazer face a um eventual rebentamento da bolha que pode afetar o mercado financeiro", disse hoje Lau Si Io, durante uma sessão de interpelações dos deputados na Assembleia Legislativa.

O aumento dos preços no setor imobiliário já levou o governo de Macau a admitir a possibilidade de existência de uma bolha e a manifestar-se preocupado com as suas consequências.

"O mais importante é manter a segurança do nosso mercado financeiro. Se a bolha imobiliária rebentar irá ter um grande impacto na nossa economia", sublinhou o dirigente.

Apesar de a habitação ter dominado o plenário - cinco das sete perguntas endereçadas por deputados foram sobre o tema - o governo não adiantou nenhuma nova medida para responder aquela que é uma das maiores preocupações da população.

Lau Si Io reiterou que os novos aterros urbanos vão ser maioritariamente destinados à construção de habitação pública, mas não garantiu que essas reservas sejam suficientes para as necessidades futuras.

"Nesta fase, o essencial é haver recursos de solo suficientes. Agora, se a reserva é suficiente ou não, depende do 'timing'. Há situações imprevistas sobre a entrada de pessoas em Macau para trabalharem", disse.

Quanto à possibilidade de terrenos não aproveitados reverterem para a administração, o secretário para os Transportes e Obras Públicas não quis, adiantar dados. "Não posso acrescentar porque estamos em procedimentos legais", disse.

No mês passado, o governo anunciou um ajustamento ao plano para o aterro urbano da zona A, aumentando o número de frações autónomas previstas de 18.000 para 32.000 - destas, 28.000 serão habitações públicas.

ISG // JMR - Lusa

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