O
gestor do Novo Banco admite a necessidade de um redimensionamento do banco e
espera que o plano de reestruturação possa ser apresentado «entre um a três
meses».
O
presidente executivo do Novo Banco, Vítor Bento, afirmou hoje que este está
«mais forte, mais seguro» do que era na sexta-feira e sublinhou que os
depositantes «estão protegidos».
Vítor
Bento falava ao jornal da noite da SIC, na sua primeira entrevista depois de
ter assumido a liderança da instituição.
Vítor
Bento disse que uma das suas missões à frente da instituição é conseguir que os
clientes «mantenham a confiança» e destacou que a maioria dos depositantes
«continua fiel» à entidade que resultou do antigo BES.
Sobre
os depositantes que saíram do BES, Vítor Bento acrescentou que «não são
suficientemente impactantes» para o Novo Banco.
Um
dos desafios apontados por Vítor Bento é tornar o Novo Banco rentável, por isso
a entidade terá de ser «adaptada dentro da nova realidade», considerou.
«Temos
de tornar o banco rentável, criar mecanismos de geração de receitas», afirmou,
sublinhando que a capitalização de 4,9 mil milhões de euros do Fundo de
Resolução bancário que a entidade vai receber «é suficiente» para a dimensão do
balanço.
Vítor
Bento adiantou que vai apresentar um plano de reestruturação, mas escusou-se a
avançar com detalhes, uma vez que a nova instituição arrancou esta semana.
Sobre quando é que este plano estará pronto, Vítor Bento disse não ter
«'timing' exato», mas espera que possa ser apresentado «entre um a três meses».
O
presidente executivo disse que «vai ter de haver redimensionamento do banco»,
mas isso terá de «ser visto com os próprios 'stakeholders'».
Questionado
se vai reduzir o número de balcões e de trabalhadores, Vítor Bento admitiu essa
probabilidade.
O
gestor do Novo Banco, a parte boa do antigo BES onde ficaram os depósitos no
âmbito do plano de resolução apresentado no domingo passado, garantiu que a
instituição vai continuar a emprestar dinheiro às empresas.
«Vou
continuar a financiar aquilo que é viável», disse, escusando-se a responder
como será a relação do banco com os clubes de futebol ou se irá vender a
participação na Portugal Telecom (PT).
O
gestor disse que um dos seus desígnios é reembolsar o empréstimo de 4,9 mil
milhões de euros dentro do prazo de dois anos.
«Tenho
que partir desse objetivo, tenho determinado capital que foi colocado, tenho
que fazer todo o esforço que esteja ao meu alcance» para que o capital seja «totalmente
reembolsado».
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