São
Tomé, 25 Ago (STP-Press) -Nelson Carvalho, presidente da câmara distrital de
Mé-Zochi e membro de direcção política do partido Acção Democrática
Independente (ADI) e alguns ‘’pesos pesados’’ decidiram abandonar o partido do
ex-primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, confirmou à
STP-Press uma fonte partidária.
O
abandono dá-se há algumas semanas das eleições legislativas,
autárquicas e regional marcadas para 12 de Outubro, nas quais o
Acção Democrática Independente, segundo Abenilde de Oliveira, seu porta-voz, ao
anunciar há dias, o fim da aliança política com UMPP, vai concorrer sozinho
às eleições regional para substituir a liderança de José Cardoso
Cassandra, vulgo ‘’Tozé’’ na ilha do Príncipe.
De
acordo com Roberto Lombá à STP-Press, deputado e membro da comissão
política do ADI, Nelson Carvalho, em carta enviada a direcção do partido,
abandona esta força política pelo facto de sua candidatura para deputado ter
sido ‘’chumbada’’ pela direcção do ADI, actualmente, com 26 deputados na
Assembleia Nacional (Parlamento).
Na
missiva de pedido de demissão assinada pelo autarca de Mé-Zochi ao Tribunal
Constitucional (TC), este pede, também, a José Bandeira,
presidente do TC, para excluir o seu nome como candidato a
vereador do ADI em Mé-Zochi, para uma provável reeleição à liderança
do distrito.
Lombá
garantiu, também, que, Raúl Cravid, actual PCA da ENASA, Empresa Nacional do
Aeroporto, Navegação e Segurança Área, e membro do conselho nacional do ADI
terá, igualmente, deixado o partido para o MLSTP.
Segundo
apurou a STP-Press, Cravid vai concorrer às legislativas pelo circulo de Caué como
segunda figura da lista do MLSTP/PSD.
No
que se refere a Nelson Carvalho tudo aponta que vai concorrer às eleições
legislativas na lista do PND, Plataforma Nacional para o Desenvolvimento.
Por
seu turno, Julio Silva, ex-ministro de Agricultura, quadro sénior do ADI ,
também, desvincula-se do ADI para o MDFM/PL, do antigo chefe de Estado Fradique
de Menezes concorrendo nomeadamente às eleições como cabeça de lista
no distrito sulista de Caué.
Ainda
no sul do país, as baixas continuam no ADI. Fernando Pereira, vulgo Cobó, líder
do golpe de estado-militar de 2003 e militar na reserva, decidiu, também, virar
as costas ao ADI por não ter sido designado vereador para câmara distrital de
Cantagalo, baseado em
Ribeira Afonso.
Comentando
para a imprensa a crise instalada no ADI, Olívio Diogo, analista político
santomense considerou que são ‘’baixas de vulto’’ e que ‘’ADI irá sentir isso
no terreno’’.
(CS)-Fim/STP-Press
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