Macau,
China, 27 set (Lusa) - A diretora dos Serviços de Turismo de Macau defendeu que
a cidade "não se pode queixar de falta de turistas", mas sustenta que
o "centro" está lotado e há que dinamizar outros pontos da cidade e
novos mercados.
"O
turismo está a andar bem. Não nos podemos queixar que não temos turistas. Claro
que neste momento o que é necessário é pensar como fazer um melhor trabalho
para satisfazer os nossos turistas em termos de procura e em termos de
qualidade de serviços para eles", disse Helena de Senna Fernandes em
declarações à agência Lusa.
A
mesma responsável acrescentou que o turismo de Macau tem agora um novo desafio
pela frente, que passa por atender aos "sentimentos das pessoas
locais".
"Daqui
para a frente, o que é necessário é ver qual a possibilidade de balancear um
bocado a nossa procura de turistas e as pessoas locais", disse ao
salientar que o "tema não é fácil, mas tem de ser enfrentado".
Helena
de Senna Fernandes recordou os sinais diferentes da comunidade local, lembrou
que na China "estão a pensar em alterar a maneira de tirar férias",
mas uma solução vai sempre "demorar algum tempo" para que as pessoas
se adaptem a uma nova ordem.
Do
lado de Macau, afirmou, os esforços concentram-se em novos mercados da Ásia,
mas também da Rússia, Índia, entre outros.
"Temos
de diversificar a nossa fonte de turistas e para diversificar esta fonte temos
de fazer mais além dos nossos territórios vizinhos. É um desafio, mas temos de
fazer", considerou.
Com
um recorde de mais de três milhões de visitantes em agosto, Helena Senna
Fernandes disse também que, ao olhar para as zonas centrais de Macau, o
"sentimento geral" é que há "turistas a mais".
"Mas
há outras zonas que poucos turistas visitam. Por isso acho que temos de fazer é
balancear um bocado a distribuição dos turistas e dar uma oportunidade a outras
zonas da cidade para também mostrar aos turistas", disse à Lusa.
Com
o "turismo e comunidade" a vincar o lema do Dia Mundial do Turismo,
que hoje se assinala, Helena de Senna Fernandes quer mais esforços e mais
trabalho com a população de Macau para "desenvolver melhor todas as zonas
de Macau como pontos turísticos".
Por
isso, salientou, um dos grandes desafios é desviar os turistas das zonas mais
centrais e levá-los a conhecer outros pontos de interesse.
"Por
um lado é necessário fazer desvio de turistas das zonas mais centrais e por
outro há muitas zonas de Macau que não são bem aproveitadas para acolher os
turistas. Há esta possibilidade de trabalhar mais em consonância com a
comunidade", afirmou.
Com
a capacidade turística de Macau no limite, Helena de Senna Fernandes quer
também turistas que fiquem vários dias e não apenas excursionistas que
permanecem no território menos de um dia.
Macau
acolheu em 2013 quase 30 milhões de visitantes.
JCS
//GC - Lusa
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