Diálogo
político: observadores do Zimbabwe, Itália, Portugal e dos EUA oficialmente
convidados pelo Governo e Renamo
As
delegações do Governo e da Renamo anunciaram esta terça-feira (02) que já foram
enviados, formalmente, os convites aos observadores internacionais para virem a
Moçambique monitorar o processo de cessação das hostilidades militares, cuja
missão é monitorar a implementação de todas as garantias alcançadas na mesa do
diálogo político entre as partes, visando a restauração da paz que falta aos
moçambicanos há sensivelmente dois anos.
De
acordo com o subchefe da delegação governamental, Gabriel Muthisse, neste
momento, as duas delegações estão a frequentemente a articular com os
observadores militares internacionais para a fixação de datas de sua chegada ao
país com vista a dar andamento ao processo em causa.
“Temos
a expectativa de que tão cedo quanto possível eles cheguem ao país para
monitorar este processo de estabilização de Moçambique”, disse Muthisse, à
margem da 76ª ronda do diálogo político.
Não
existe ainda data para a chegada dos observadores internacional - que virão do
Zimbabwe, da Itália, de Portugal e dos Estados Unidos da América -, o que deixa
antever que as eleições de 15 de Outubro vão acontecer com os guerrilheiros do
partido Renamo nas matas e com as suas armas, apesar da assinatura do cessar
fogo e da entrada em vigor da Lei da Amnistia.
Embora
o líder da perdiz tenha afirmado recentemente que "quem ganhar as próximas
eleições será saudado e receberá parabéns" não está garantida a
continuidade da paz num cenário de nova derrota eleitoral para si e para o seu
partido.
Guebuza
vs Dhlakama
Na
mesma ronda, as duas delegações discutiram questões relacionadas com o
protocolo da próxima sexta-feira (05), data prevista para o encontro entre o
Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Dhlakama
deverá aterrar no Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo, as 13h00 de
quinta-feira (04).
Diversas
personalidades da “Perdiz”, do Governo, da Assembleia da República (AR), da
sociedade civil e das confissões religiosas deverão estar presentes no acto,
diga-se, aguardado com bastante expectativa devido à sua importância para a
Nação. Refira-se, porém, que o encontro ora propalado tem sido marcado por
volta-faces por parte do líder da Renamo.
Verdade
(mz)
*Título
PG
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