Pedro D ´Anunciação – Sol, opinião
Tem-se
dito e escrito por aí que a sentença do processo chamado Face Oculta demonstra,
entre outras coisas, uma determinação da Justiça em condenar também os
poderosos – que normalmente passam entre os pingos da chuva dos tribunais (ver
casos BPN e BPP).
Mas
estou convencido de que embora haja aqui indiscutivelmente gente influente, não
são aquilo a que normalmente chamamos poderosos. Repare-se só que, como
empresário, temos nada mais do que um sucateiro (palavra que, embora implique
muito dinheiro, tem uma conotação quase pejorativa). Depois, como principal
politico e banqueiro, temos um simples bancário provinciano, sem formação
superior (tirou à pressa um curso na mesma Universidade privada que formou
Sócrates, e que deverá estar já fechada pela informalidade de cursos que
atribuía) – o qual apenas chegou a ministro e a administrador de bancos por via
do partido e de amizades da mesma laia (tipo Sócrates). Mesmo o resto, gestores
públicos e quejandos (como José e Paulo Penedos), provavelmente nunca seriam
ninguém sem as mesmas cumplicidades partidárias em princípio pouco
recomendáveis (não fosse o facto de dominarem os governos nacionais há uns bons
anos, ligadas aos 2 principais partidos).
Queremos
poderosos a sérios nos tribunais? Vamos então esperar pelo DDT (Dono Disto
Tudo), como chamavam a Ricardo Salgado, um banqueiro dos pés á cabeça, e cheio
de antecedentes; ou dos governantes, ex-governantes e etc. que estavam nas suas nóminas (parece que até Durão Barroso teve lá um cargo); ou dos responsáveis pelos
governos em que punha a sua gente e parecia mandar com desenvoltura (o que
penso incluir os 2 últimos).
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