domingo, 28 de setembro de 2014

Portugal: TÃO INIMIGOS QUE NÓS SOMOS. ELEIÇÕES DIRETAS NO PS GERAM FEL


Bocas do Inferno

Helder Semedo, Coimbra

Hoje sim. Este é um dia em que merecidamente os Antónios do Partido Socialistas ganharam o pleno direito de ser incluídos na nossa Imagem Escolhida. Um e outro numa "selfie" de bradar aos céus, de boca aberta. O que os denuncia grandes ingénuos acerca daquela postura bocal. De boca aberta, assim, é sabido que ou entra mosca ou sai asneira. E como não entra mosca... Daquelas bocas quase que só têm saído asneiras e mediocridades com jactos de fel.

As eleições diretas no PS - uma novidade no partidarismo português americanizado - vieram permitir que vislumbrassemos que aqueles candidatos a dirigentes do partido e posteriormente a primeiro-ministro não têm qualidades para o que se propõem. Vença um ou outro Portugal continuará a tramar-se. Não há memória que no PS a mediocridade dos seus dirigentes ou propostos dirigentes existisse em quantidade tão avassaladora. Assim acontece no PS como nos outros partidos do chamado arco da governação ou da corrupção, CDS mais PSD.

A campanha das diretas no PS veio demonstrar quanto é possível as lutas intestinas nos partidos fazerem sobressair quanto os candidatos são personalidades toscas, falsas, gananciosas, comezinhas, para quem tudo vale - até tirar olhos - com o fito de obterem a meta: os poderes por que tanto anseiam. Pessoas assim não prestam para dirigirem partidos políticos e muito menos o país.

A crise instalou-se na seleção nacional de futebol por falta de jogadores com vontade e qualidades. A geração de ouro já aconteceu. O mesmo acontece com estes jogadores políticos cuja geração - saída das juventudes partidárias - não serve, não presta. E neste setor da vida nacional a geração de ouro nem aconteceu. Mas todos os anteriores líderes e políticos eram bem melhores em qualidades. Havia adversários políticos e não inimigos sem escrúpulos o que garantia melhor qualidade da democracia que na atualidade quase já nem é. Democracia cada vez mais deficitária é o que temos.

O que estes "velhos" saídos das juventudes partidárias do arco da governação vêm fazendo é semeando a mediocridade, a incompetência, a inépcia e gerando o fel em que se banham e alagam as instituições e a democracia, destruindo-as. Por tal, nestas eleições primárias do PS, vença um ou outro candidato quase não daremos pela diferença. Tudo como antes. O descalabro vai continuar a acompanhar o quotidiano de Portugal. Também por responsabilidade dos portugueses eleitores porque votam sempre nos mesmos, naqueles que já se constituiram abusivamente donos disto tudo, mais se assemelhando a uma máfia.

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