NUNO
MIGUEL MAIA E SALOMÉ FILIPE – Jornal de Notícias
Manuel
Godinho, principal arguido do processo "Face Oculta", foi condenado a
17 anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, por múltiplos crimes de
corrupção, burla, furto, tráfico de influência, falsificação de notação técnica
e associação criminosa. Armando Vara foi condenado a 5 anos de prisão efetiva,
José Penedos a 5 anos de prisão e Paulo Penedos a 4 anos de prisão.
O
acórdão do caso Face Oculta começou, esta sexta-feira de manhã, a ser lido no
Tribunal de Aveiro. A decisão do megaprocesso de corrupção, cujo julgamento se
iniciou a 8 de novembro de 2011, tem um total de 2781 páginas. Todos os 36
arguidos - 34 pessoas e duas empresas - foram condenados.
Manuel
Godinho, principal arguido do processo, foi condenado a 17 anos e seis meses de
prisão, em cúmulo jurídico, por múltiplos crimes de corrupção, burla, furto,
tráfico de influência, falsificação de notação técnica e associação criminosa.
Armando
Vara, antigo ministro e ex-vice-presidente do BCP, foi condenado a 5 anos de
prisão efetiva por três crimes de tráfico de influência de que estava acusado.
À saída da sala de audiência, Armando Vara confessou aos jornalistas estar
"em choque" com a pena que lhe foi aplicada, considerando que
"não é sobre as acusações" mas pela "circunstância" de ter
exercido funções políticas.
José
Penedos, ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais), foi condenado a 5
anos de prisão efetiva, em cúmulo jurídico, por dois crimes de corrupção e um
crime de participação económica em negócio.
Paulo
Penedos, filho de José Penedos, foi condenado a 4 anos de prisão efetiva por
tráfico de influência.
Maribel
Rodrigues, secretária de Manuel Godinho, foi condenada a 2 anos e 9 meses de
prisão, com pena suspensa na condição de entrega de 3 mil euros a uma
instituição de solidariedade.
Namércio
Cunha, ex-braço direito do sucateiro de Ovar, foi condenado a 1 ano e 6 meses
de prisão com pena suspensa.
Hugo
Godinho, sobrinho de Manuel Godinho, foi condenado a 5 anos e seis meses de
prisão.
João
Godinho, filho de Manuel Godinho, foi condenado a 2 anos e 3 meses de prisão
com pena suspensa.
Na
foto: Armando Vara – Paulo Novais / Lusa
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