Romano
Prates, Maputo
A
notícia já correu mundo e quase não há quem lhe dê crédito. O pómio da discórdia
são as eleições em Moçambique, onde a Frelimo e Filipe Nyusi começaram logo no principio
da contagem de votos por se sobrepor à Renamo e a Afonso Dhlakama. Perspetiva lógica
e racional: Frelimo e Nyusi são os vencedores das eleições gerais em Moçambique. Em
segundo lugar - mas com muito menos votos - está a Renamo e Afonso Dhlakama. A
Renamo não quer aceitar a realidade e reagiu. Essa a razão da notícia. Da Lusa
e aqui postada no Página Global sob o título Moçambique
– Eleições: RENAMO REIVINDICA VITÓRIA E NÃO RECONHECE RESULTADOS
Somente
três parágrafos:
“A
Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou hoje vitória nas eleições
gerais de 15 de outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados
eleitorais, anunciou o porta-voz do partido.
Em
conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Maputo, António
Muchanga denunciou aquilo que considera ser várias irregularidades que
interferiram no processo eleitoral.
A
conferência de imprensa realizou-se depois de terem sido divulgados os
primeiros resultados das eleições gerais moçambicanas, que colocam o candidato
presidencial da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), Filipe Nyusi, na
liderança da contagem, com 60,69%, quando estavam apuradas apenas 8,55% das
mesas de voto.”
O
que sobra para perguntar é o que a Renamo e Afonso Dhlakama esperavam do
resultado destas eleições? Vencer? Impossível. Seria uma manifestação de quase
demência os moçambicanos elegerem um partido e um indivíduo (Dhlakama) que lhes
tem trazido a destruição, a morte, feridos e deficiências físicas, terror e
declarações de baboseira. Na sua declaração de guerra há tempos atrás Dhlakama
sentenciou-se a perder estas eleições e provavelmente todas aquelas em que
possa vir a concorrer. Dhlakama é apologista de possuir um exército armado
absolutamente na ilegalidade. Isso é banditismo, é crime, com demasiada tolerância
por parte do Estado de Moçambique. Dhlakama é um guerreiro frustrado por não
ser aceite pela maioria dos moçambicanos. E então pega em armas e num "exército mercenário" que destrói viaturas nas estradas do centro do país, assassina civis, fere-os e
deixa-os incapacitados, aterroriza pacatas famílias. É então este individuo,
que conduz o seu partido político para o banditismo, a criminalidade, que quer
vencer eleições? Só se os moçambicanos fossem dementes masoquistas.
A
Renamo e Dhlakama entram sempre em terreno de declarações babosas e ações
criminosas contra o Estado moçambicano (que somos todos nós) quando não vence pela razão, no diálogo e nas eleições. Porque a razão não está com eles. Querem o
Poder mas a qualquer preço. Em vidas humanas, destruição e terror. Não por
conquistá-lo democraticamente.
Na
realidade existiram algumas irregularidades no decorrer destas eleições. Como
foi noticiado pela comunicação social. Mas nunca com importância que justifique
a diferença de votos que vai de Dhlakama para Nyusi ou da Renamo para a Frelimo.
A vitória dos vencedores marca uma diferença abissal em números de votos para
com os derrotados. Os eleitores moçambicanos não querem Dhlakama e a Renamo. Não
querem a Renamo enquanto lá estiver Dhlakama, nem enquanto tiver um exército
irregular vocacionado para o banditismo e a ilegalidade. Foi isso que ficou
expresso em democracia.
Dhlakama já cometeu erros de mais e arrastou sempre a Renamo
para esse teatro de ações prejudiciais à democracia, à paz, a Moçambique e aos
moçambicanos. Quando será que Dhlakama adquire olhos e percepção para a
realidade?
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