sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Eleições: MOÇAMBIQUE NÃO QUER DHLAKAMA NEM A RENAMO DE DHLAKAMA



Romano Prates, Maputo

A notícia já correu mundo e quase não há quem lhe dê crédito. O pómio da discórdia são as eleições em Moçambique, onde a Frelimo e Filipe Nyusi começaram logo no principio da contagem de votos por se sobrepor à Renamo e a Afonso Dhlakama. Perspetiva lógica e racional: Frelimo e Nyusi são os vencedores das eleições gerais em Moçambique. Em segundo lugar - mas com muito menos votos - está a Renamo e Afonso Dhlakama. A Renamo não quer aceitar a realidade e reagiu. Essa a razão da notícia. Da Lusa e aqui postada no Página Global sob o título Moçambique – Eleições: RENAMO REIVINDICA VITÓRIA E NÃO RECONHECE RESULTADOS

Somente três parágrafos:

“A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou hoje vitória nas eleições gerais de 15 de outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido.

Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Maputo, António Muchanga denunciou aquilo que considera ser várias irregularidades que interferiram no processo eleitoral.

A conferência de imprensa realizou-se depois de terem sido divulgados os primeiros resultados das eleições gerais moçambicanas, que colocam o candidato presidencial da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), Filipe Nyusi, na liderança da contagem, com 60,69%, quando estavam apuradas apenas 8,55% das mesas de voto.”

O que sobra para perguntar é o que a Renamo e Afonso Dhlakama esperavam do resultado destas eleições? Vencer? Impossível. Seria uma manifestação de quase demência os moçambicanos elegerem um partido e um indivíduo (Dhlakama) que lhes tem trazido a destruição, a morte, feridos e deficiências físicas, terror e declarações de baboseira. Na sua declaração de guerra há tempos atrás Dhlakama sentenciou-se a perder estas eleições e provavelmente todas aquelas em que possa vir a concorrer. Dhlakama é apologista de possuir um exército armado absolutamente na ilegalidade. Isso é banditismo, é crime, com demasiada tolerância por parte do Estado de Moçambique. Dhlakama é um guerreiro frustrado por não ser aceite pela maioria dos moçambicanos. E então pega em armas e num "exército mercenário" que destrói viaturas nas estradas do centro do país, assassina civis, fere-os e deixa-os incapacitados, aterroriza pacatas famílias. É então este individuo, que conduz o seu partido político para o banditismo, a criminalidade, que quer vencer eleições? Só se os moçambicanos fossem dementes masoquistas.

A Renamo e Dhlakama entram sempre em terreno de declarações babosas e ações criminosas contra o Estado moçambicano (que somos todos nós) quando não vence pela razão, no diálogo e nas eleições. Porque a razão não está com eles. Querem o Poder mas a qualquer preço. Em vidas humanas, destruição e terror. Não por conquistá-lo democraticamente. 

Na realidade existiram algumas irregularidades no decorrer destas eleições. Como foi noticiado pela comunicação social. Mas nunca com importância que justifique a diferença de votos que vai de Dhlakama para Nyusi ou da Renamo para a Frelimo. A vitória dos vencedores marca uma diferença abissal em números de votos para com os derrotados. Os eleitores moçambicanos não querem Dhlakama e a Renamo. Não querem a Renamo enquanto lá estiver Dhlakama, nem enquanto tiver um exército irregular vocacionado para o banditismo e a ilegalidade. Foi isso que ficou expresso em democracia. Dhlakama já cometeu erros de mais e arrastou sempre a Renamo para esse teatro de ações prejudiciais à democracia, à paz, a Moçambique e aos moçambicanos. Quando será que Dhlakama adquire olhos e percepção para a realidade?

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