Hong
Kong gastou 1.700 ME em armas do Reino Unido para "repressão interna"
Hong
Kong, China, 28 out (Lusa) - A suspeita de que foi usado gás lacrimogéneo
importado do Reino Unido sobre os manifestantes pró-democracia em Hong Kong revelou uma
ampla venda de armas para "repressão interna" vindas deste país.
Segundo
o jornal South China Morning Post, o Comité de Controlo de Exportações de Armas
britânico, presidido pelo político conservador John Stanley, revelou que desde
2012 o Reino Unido vendeu a Hong Kong lança-granadas, morteiros, espingardas,
metralhadoras e silenciadores de armas.
Desde
2008, aprovaram-se licenças de venda de armas a Hong Kong por 17.400 milhões de
dólares de Hong Kong (cerca de 1.700 milhões de euros), segundo dados oficiais
do Governo britânico, o que levou o comité a pedir explicações ao ministro dos
Negócios e da Inovação do Reino Unido, Vince Cable.
As
vendas chamaram a atenção do jornal, que destaca que, desde a transferência de
poderes para a China, a defesa da cidade passou a ser competência do Exército
de Libertação Popular.
Tudo
indica que o gás lacrimogéneo usado contra os manifestantes a 28 de setembro
fazia parte desses materiais importados do Reino Unido, o que já levou Londres
a dizer que vai rever a venda de armamento para Hong Kong.
Em
declarações ao jornal, Regina Ip, secretária para a Segurança entre 1998 e
2003, justificou as aquisições devido às necessidades das forças de segurança,
principalmente depois dos ataques terroristas em Nova Iorque e
Washington em 2001, que obrigaram a um reforço da segurança das zonas
diplomáticas e consulares.
ISG
// JCS
Chefe
do Executivo pede desculpa por comentário sobre eleitores pobres
Hong
Kong, China, 28 out (Lusa) - O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung
Chun-ying, pediu hoje desculpas pelo comentário em que sugeriu que uma eleição
aberta a todos não seria permitida porque levaria a que as políticas fossem
definidas para agradar aos pobres.
CY
Leung disse ainda que os setores do desporto e da religião não contribuíam para
a economia da cidade.
"Percebo
agora que devia ter sido mais claro nalguns pontos. Peço desculpas por ter
causado mal-entendidos e preocupações entre as camadas de base, no setor
religioso e no setor desportivo", disse o líder do Governo antes de uma
reunião com o Conselho Executivo, citado pelo South China Morning Post.
As
declarações de CY Leung foram feitas quando este tentava explicar a meios de
comunicação internacionais porque é necessário que os potenciais candidatos às
eleições para chefe do Executivo em 2017 sejam selecionados por um comité.
Neste
contexto, Leung explicou que se o público fosse autorizado a votar nos
candidatos que queria, esses candidatos teriam de se focar em ganhar o apoio
dos eleitores com baixos rendimentos.
"Se
fosse apenas um jogo de números e uma representação numérica, então obviamente
que estaríamos a falar com metade da população de Hong Kong que ganha menos de
1.800 dólares por mês (cerca de 1.400 euros)", disse o chefe do Executivo
de Hong Kong, em declarações aos jornais Financial Times, Wall Street Journal e
Internacional New York Times.
No
passado passado, CY Leung disse também que ter representantes de "alguns
setores que não contribuem para a economia, como o religioso ou o
desportivo" no comité que vai selecionar os candidatos, mostra que o
sistema abraça uma "representação equilibrada".
Hong
Kong vive há um mês com protestos em alguns dos pontos principais da cidade com
milhares de pessoas a reclamarem, já para 2017, a possibilidade de
eleger o líder do Governo direitamente e não à condição de escolherem após uma
pré-seleção.
ISG
// JCS
*Título PG
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