Hong
Kong, China, 29 nov (Lusa) -- Os confrontos entre manifestantes pró-democracia
e a polícia em Hong Kong
resultaram, esta madrugada, em dez feridos e 28 detidos, após quatro noites de
tensão no bairro de Mong Kok, informa hoje a imprensa local.
Uma
operação policial, iniciada na terça-feira, que durou 48 horas, acabou com um
dos acampamentos do movimento que ocupa ruas da cidade há dois meses.
Os
protestos voltaram a registar-se, esta madrugada, nas ruas do densamente
povoado bairro de Mong Kok, quando centenas de manifestantes tentaram tomar as
ruas do distrito, acabando por envolver-se em novos confrontos com a polícia.
Os
agentes fizeram novamente uso de gás pimenta, recorrendo ainda aos bastões e
escudos para tentar travar a investida dos manifestantes.
Por
volta da meia-noite (17:00 de sexta-feira em Lisboa), centenas de cidadãos
começaram a reunir-se no cruzamento entre as ruas Arglye e Nathan, onde desde
28 de setembro e até à passada quarta-feira, estavam montados acampamentos.
Gritando
"queremos sufrágio universal genuíno", os manifestantes tentar parar
o trânsito, utilizando caixotes do lixo, enquanto lançavam ovos e garrafas de
água contra a polícia, segundo os 'media' locais.
A
situação tornou-se caótica, segundo testemunhas, e a polícia voltou a carregar
sobre os estudantes.
Como
resultado, foram efetuadas 28 detenções e uma dezena de pessoas ficaram
feridas, de acordo com a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).
Este
incidente ocorre dois dias depois de a polícia e funcionários judiciais terem
eliminado as barricadas do acampamento em Mong Kok , numa operação que contou com 6000
efetivos.
Desde
quarta-feira, dia em que as ruas desse distrito voltaram à normalidade após
dois meses de paralisação, centenas de pessoas têm regressado às ruas do bairro
todas as noites para as tentar voltar a ocupar.
Cerca
de 200 pessoas foram detidas, incluindo dois líderes estudantis, e mais de meia
centena ficaram feridas desde o arranque da operação de despejo de Mong Kok.
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